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Marcos Pereira: Um Pivô Na Disputa pela Presidência da Câmara?

Marcos Pereira, atual presidente do partido Republicano, está sob pressão para reformular sua candidatura e abrir espaço para um aliado, porém, indica que não irá abandonar a corrida tão facilmente desta vez.

O futuro político do deputado Marcos Pereira, que lidera o partido Republicano, tem sido uma questão intrigante para várias figuras políticas que estão desenhando o cenário para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara. Em 2020, Marcos Pereira havia se lançado como candidato e se comprometeu a ficar até o final da campanha. Porém, nem tudo aconteceu conforme o planejado. Sob a pressão das negociações com Rodrigo Maia, então presidente, Pereira acabou retirando sua candidatura e se alinhou para apoiar a eleição de Lira. Eles até chegaram a um acordo: Lira apoiaria Pereira como seu sucessor ao término de seus dois mandatos.

Atualmente, este acordo está sob suspenção, com Lira considerando outros nomes, como Elmar Nascimento (União-BA) e Antônio Brito (PSD-BA), para apoiar na corrida programada para fevereiro do próximo ano. O cenário das negociações envolve um candidato leal a Lira, mas robusto o suficiente para capturar a maioria dos 513 votos da Câmara.

Os aliados de Lira têm insinuado 'alternativas' para Marcos Pereira com a intenção de o convencer a se retirar da disputa. Talvez uma nomeação ministerial ou outra posição significativa, como um lugar no Tribunal de Contas da União (TCU). Em 2023, um companheiro de partido de Pereira, Jhonatan de Jesus, foi presenteado com tal posição. Outra proposta envolve Elmar e Pereira em uma combinação, na qual o candidato mais apoiado seria o representante oficial e o outro recuaria. No entanto, Marcos Pereira tem mostrado resistência e garante que desta vez seguirá até o fim.

“Meu nome estará na disputa em fevereiro. Acredito reunir todas as condições para unificar diferentes alas políticas do plenário da Câmara. Mas se houver necessidade de disputa, vamos para a disputa,” afirmou Marcos Pereira.

Hugo Motta, líder do partido Republicano, tem pressionado Pereira a ceder sua candidatura. Motta tem popularidade crescente entre a base do partido devido a sua habilidade de transitar entre vários grupos e por seu trabalho no baixo clero do plenário. Algumas pessoas próximas ao atual presidente da Câmara alegam que se Motta entrasse na disputa, a corrida mudaria drasticamente - resolveria o impasse de Lira e encerraria a disputa. No entanto, isso ainda precisa ser combinado com Pereira, que não está demonstrando intenção de ceder.

Com Pereira indicando que está disposto a continuar na corrida, outros partidos como o MDB e o PSD estão considerando juntar-se a ele se Elmar for o candidato, potencialmente causando uma divisão indesejada que Lira gostaria de evitar.

Na tentativa de ganhar o apoio do PT e do PL, os dois maiores partidos da Câmara, Marcos Pereira está fazendo acenos. Por um lado, ele busca se distanciar do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, que é afiliado ao partido Republicano e é tido como um possível adversário de Lula nas eleições de 2026.

Por outro lado, Pereira também busca reconstruir as relações com o ex-presidente Bolsonaro, que ele criticou publicamente após as eleições de 2022.

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