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Ministro do STF, Moraes, se defende de acusações e declara: ‘Seria esquizofrênico me auto-oficiar’

Após uma reportagem do jornal 'Folha de S. Paulo' apontar que o ministro Alexandre de Moraes utilizou o TSE de maneira informal para suas investigações no STF, ele respondeu afirmando que todos os seus pedidos foram documentados.

O Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), se pronunciou na última quarta-feira (18) após a publicação de uma matéria no jornal 'Folha de S. Paulo' na qual ele estava sendo acusado de utilizar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informalmente para suas investigações no STF. Moraes rebateu veementemente essas alegações, afirmando que seria 'esquizofrênico' se auto-oficiar, se referindo ao fato de que como presidente do TSE, ele tem o poder de polícia e, portanto, não precisaria formalizar seus próprios pedidos. Ele também reiterou que todos os pedidos que realizou foram devidamente documentados e que as defesas estavam cientes.

O ministro do STF deu essa declaração no início da sessão de quarta-feira (14) do STF, dessa forma se pronunciando um dia após a publicação da matéria no jornal 'Folha de S. Paulo'. Segundo ele, as referidas investigações estavam relacionadas ao inquérito das fake news, e estavam focadas em bolsonaristas que atacavam as instituições e a democracia, 'Basicamente incitação ao golpe de estado , discurso de odio, ameaças de morte.'

Antes de Moraes, o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, também se posicionou em defesa do ministro. Ele salientou que todas as informações solicitadas por Moraes se referiam a pessoas já sob investigação, e que tais informações tinham o intuito de analisar condutas que visavam ataques à democracia e de ódio. Barroso argumentou ainda que não havia necessidade de formalização das solicitações, uma vez que Moraes era o ministro do STF e presidente do TSE à época. Contudo, ele assegurou que todas as informações, assim que chegavam, eram imediatamente formalizadas nos processos e encaminhadas ao Ministério Público.

Prestes a se aposentar, o decano do STF, Gilmar Mendes, fez questão de enfatizar a legalidade e o compromisso com a verdade na condução das investigações feitas por Moraes. Ele também mencionou a possibilidade de uma tentativa de recriação das teses de defesa dos seus investigados, numa tentativa de desvalorizar a atuação de Moraes e do próprio STF.

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