Com quase seis anos se aproximando, o ataque contra Jair Bolsonaro, que aconteceu em 6 de setembro em Juiz de Fora (MG), modificou a vida da bancária e petista Lívia Gomes Terra, de 43 anos. Apesar de ser falsamente acusada nas redes sociais bolsonaristas de participar do ato e entregar a faca a Adélio Bispo, autor do ataque, momentos antes do atentado.
Lívia entrou com ação judicial contra um dos autores responsáveis pela disseminação da informação falsa. Como consequência dessa postagem, Lívia começou a receber ameaças que a levaram a evitar sair de casa e a necessitar de tratamento psiquiátrico. No início da semana passada, ela experimentou um sentimento de alívio com a decisão final de condenação do acusado, após quase seis anos de angústia.
O engenheiro Renato Henrique Scheidemantel, residente no Rio de Janeiro, foi quem divulgou a postagem falsa que acusava uma mulher de óculos escuros presente no local do atentado de ser a petista de Juiz de Fora, que estava a quilômetros dali no momento. Esta acusação não procedeu na investigação. Devido à postagem de Renato, que foi compartilhada 114 vezes, ele foi condenado por calúnia e difamação a 10 meses e 20 dias de prisão, além de uma indenização de R$ 20 mil.
A defesa de Renato, feita pela Defensoria Pública do Rio, negou a autoria do crime, argumentando que Renato não conhecia Lívia e que as postagens não saíram de seu perfil. Apesar de sua negativa, não publicou nenhuma retratação ou esclarecimento desmentindo as postagens contra Lívia.
O tribunal de Justiça do Rio de Janeiro seguiu o relato do Desembargador Flavio Horta Fernandes, confirmando a sentença. Para a Procuradora Paula Mello Chagas, não há dúvida da ação de Renato.
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