A rede social X, de propriedade do magnata Elon Musk, expôs na noite de terça-feira, 13, um documento sigiloso assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, solicitando que a plataforma derrubasse perfis apoiadores do Bolsonarismo. O documento foi divulgado logo após a publicação de uma reportagem que revelou prints de mensagens envolvendo articulações do ministro com outros juízes para elaborar relatórios pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esses relatórios seriam usados para fundamentar investigações sobre crimes eleitorais e contra a democracia liderados pelo STF.
Dentre os perfis que são o foco dos documentos enviados ao X, estão o do senador Marcos do Val (Podemos-ES), o de Paola da Silva Daniel, esposa do ex-deputado Daniel Silveira e os perfis de famíliares do blogueiro bolsonarista foragido Oswaldo Eustáquio. Além disso, o documento divulgado pelo X também solicita a quebra de sigilo das mensagens trocadas por qualquer perfil associado a Allan dos Santos, outro blogueiro bolsonarista atualmente refugiado nos Estados Unidos.
'Este documento exige a censura de contas populares no Brasil, incluindo um pastor, um atual parlamentar e a esposa de um ex-parlamentar. Acreditamos que o povo brasileiro merece saber o que está sendo solicitado a nós', escreveu Musk em sua rede social.
Desde abril deste ano, Moraes se tornou um alvo frequente de Elon Musk, quando o bilionário provocou o ministro do STF pelas redes sociais. Na ocasião, Musk chegou a acusá-lo de interferir na vitória de Lula em 2022, além de desafiá-lo a deixar o cargo. Como resposta, Moraes incluiu Musk no inquérito das milícias digitais, que está investigando uma suposta rede de desinformação e ataques a adversários estabelecida durante o governo de Bolsonaro.
Musk, conhecido por seu apoio a políticos de direita e seguidores dos ex-presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, comentou em suas redes sociais sobre o documento divulgado pelo X. 'Estão pedindo a esta plataforma que censure conteúdos no Brasil, país em que a censura exige que violemos a lei brasileira. Isso não está certo', disse o bilionário.
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