O Banco Central (BC) vem passando por uma transição de liderança não oficial entre o presidente atual, Roberto Campos Neto, e Gabriel Galípolo, o principal candidato para ocupar o cargo no futuro. Após a decisão dos juros em julho, todas as atualizações importantes no que diz respeito aos próximos passos da Taxa Selic foram feitas por Galípolo, anteriormente o segundo de comando no Ministério da Fazenda sob Fernando Haddad. No mês passado, a taxa básica de juros permaneceu estável em 10,50% ao ano.
Em uma reunião recente na Câmara dos Deputados, Campos Neto fez referência às declarações de Galípolo sobre o possível aumento dos juros. Galípolo destacou recentemente que um aumento da taxa Selic está 'na mesa', apesar de o BC ainda não ter sinalizado qual será a decisão na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em setembro.
Campos Neto concluirá seu mandato em 31 de dezembro deste ano e seu sucessor será indicado pelo atual presidente da república, a ser confirmado pelo Senado. Apesar do presidente Lula ainda não ter oficializado sua escolha, o nome de Galípolo é amplamente discutido em Brasília e na Faria Lima. A divulgação oficial do novo presidente do BC deve ocorrer nas próximas semanas.
De acordo com fontes, o ministro da economia e equipe têm argumentado com o presidente Lula sobre a importância de anunciar o sucessor de Campos Neto o quanto antes, dada a atual incerteza, especialmente num momento em que o mundo está se tornando cada vez mais imprevisível.
A transição é bem-vista no mercado financeiro e considerada uma solução que beneficia a todos. A saída de Campos Neto é honrosa, enquanto Galípolo tem a oportunidade de reafirmar sua credibilidade no mercado financeiro.
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