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STF ganha força política em meio à crise e se torna pauta central na política

Concluído: a opinião pública dominante é a de que o Supremo Tribunal Federal tem se tornado um protagonista político, com uma crescente influência e motivação política.

A política oscila entre fatos novos e já estabelecidos. O Supremo Tribunal Federal (STF) se destacou em ambas as categorias. O desenvolvimento mais recente é a defesa coletiva e institucional do juiz Alexandre de Moraes, relator dos processos que lidam com crimes e suspeitas financeiras do grupo liderado por Jair Bolsonaro.

Por outro lado, um fato anteriormente estabelecido e agora evidente é a visão pública predominante do STF como ator político relevante, com uma presença cada vez maior no cenário político, impulsionado por razões políticas. Indiferente se é apenas conjectura ou de fato verídico - há quem posse apostar que o filme 'Stagecoach' (1939), de John Ford, é um documentário do oeste americano.

Fatos sempre buscam se manter firmes na realidade. Não importam discursos, tecnicidades processuais, lendas e mitos criados na Praça dos Três Poderes em Brasília: houve corrupção nos contratos da Petrobras e outras empresas estatais durante os governos petistas, assim como houve uma tentativa de golpe de estado no ciclo bolsonarista.

Isso ocorreu durante uma década marcada pela expansão contínua do poder do Supremo, preenchendo o vazio deixado por um declínio institucional do governo e do Congresso. Agora, um novo ciclo se apresenta - onde o STF se tornou matéria-prima da política brasileira.

Enquanto a Justiça analisa o passado, a política molda o futuro. É notável ver forças de direita e esquerda se preparando para as eleições de 2026 com o objetivo de reequilibrar os Poderes republicanos.

Se este desequilíbrio de poder atribuído ao STF é baseado em fatos ou apenas em versões é irrelevante. O Partido Liberal de Valdemar Costa Neto, atual casa de Bolsonaro, é um exemplo notável disso. Já está trabalhando para eleger senadores suficientes em 2026 para promover mudanças constitucionais que remodelarão o papel, as responsabilidades e os limites do Judiciário.

As cartas estão na mesa e as metas são claras, com a pretensão de legitimidade ratificada nas urnas e registrada em cartório eleitoral. Isso é um dado adquirido. O resultado é imprevisível, mas pode ser influenciado por medidas de autocontenção pelo STF, o que seria um dado inovador na política.

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