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‘Vamos acompanhar com calma’, diz Haddad sobre monitoramento do IPCA

O Ministro da Fazenda, Haddad, minimiza declarações de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, e pede calma no acompanhamento da inflação. A inflação anualizada chegou ao limite da meta em julho.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou as declarações de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, sobre os futuros níveis de juros no Brasil. Durante uma entrevista nesta sexta-feira (9.ago.2024), Haddad indicou que não interpretou as palavras de Galípolo como um sinal de aumento na taxa básica de juros.

Eles afirmaram que o objetivo do Banco Central é seguir a meta de inflação, que foi recentemente estabelecida por decreto presidencial. Há um novo decreto que regula isso

Na última quinta-feira (8.ago), Galípolo afirmou que não há espaço para hesitação no Comitê de Política Monetária (Copom) se um aumento na taxa básica de juros for necessário. O economista fez uma comparação para negar qualquer hesitação sobre o aumento dos juros: 'Para mim, é como se uma pessoa que decidiu estudar medicina, começou a trabalhar na emergência, mas infelizmente não pode ver sangue, caso contrário, desmaia. Não faz sentido imaginar que passará 4 anos sem fazer algo neste sentido'

Apesar do discurso mais enfático de Galípolo ter sido bem recebido pelo mercado, Haddad destacou que a função da autoridade monetária é 'cuidar' do índice de preços, mas a inflação precisa ser observada a longo prazo. O ministro também mencionou a recente queda no dólar como um possível sinal de melhora para os próximos meses e pediu 'calma' no monitoramento dos preços.

A inflação brasileira acumulada nos últimos 12 meses terminou em julho a 4,50%, o mesmo valor do teto da meta definita pelo governo. Esses dados são importantes para indicar como o Banco Central pode ajustar ou manter a trajetória dos juros no Brasil. A Selic está atualmente a 10,5% ao ano, um nível relativamente alto.

O aumento dos preços é influenciado pelo dólar, que está acima de R$5,00 desde 28 de março. Com o dólar mais caro, existe uma pressão na inflação brasileira devido aos impactos nas dinâmicas de importação e exportação.

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