ABL quebra 128 anos de exclusão: Ana Maria Gonçalves toma posse
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📅 07/11/2025

ABL quebra 128 anos de exclusão: Ana Maria Gonçalves toma posse

Autora de "Um Defeito de Cor", a mineira assume a cadeira 33 e se torna a primeira mulher negra e a mais jovem entre os imortais.

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Ronny Teles

Ronny Teles

Combatente pela democracia

A escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na cadeira 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta sexta-feira (7), no Rio de Janeiro. Consagrada pela obra "Um Defeito de Cor", ela é a primeira mulher negra a integrar a ABL em 128 anos e a mais jovem do atual quadro de imortais.

A cerimônia será no Petit Trianon, sede da ABL, a partir das 20h, com transmissão ao vivo pelo site e pelo canal do Youtube da instituição.

Nessa quarta-feira (5), a ABL divulgou a programação da cerimônia. Ana Maria Gonçalves será recebida pela acadêmica Lilia Schwarcz; receberá o colar da acadêmica Ana Maria Machado e o diploma do Acadêmico Gilberto Gil.

A comissão de entrada será formada pelas acadêmicas Rosiska Darcy de Oliveira, Fernanda Montenegro e Miriam Leitão; a comissão de saída terá Domício Proença Filho, Geraldo Carneiro e Eduardo Giannetti.

De acordo com a ABL, a nova acadêmica está programando algumas novidades para a festa. Ao final da cerimônia de posse, será servido um jantar sentado para 300 pessoas no pátio externo, com um cardápio africano.

A cerimônia contará, ainda, com uma surpresa dos amigos da escritora: a apresentação de um grupo musical, que chegará ao local depois de percorrer algumas ruas do centro do Rio de Janeiro em cortejo.

Ana Maria Gonçalves sucede o professor, gramático e filólogo brasileiro Evanildo Bechara, que faleceu em maio deste ano.

Ela nasceu em Ibiá, em Minas Gerais, em 1970. É roteirista, dramaturga e professora de escrita criativa e sócia-fundadora da empresa Terreiro Produções.

Ana Maria é autora de "Ao lado e à margem do que sentes por mim" e "Um defeito de cor", ganhador do prêmio Casa de Las Americas (Cuba, 2007) e eleito um dos principais livros para se entender o Brasil.

O livro levou cinco anos para ser concluído, sendo dois anos de pesquisa, um de escrita e dois de reescrita. Em 2024, foi enredo da Escola de Samba Portela.

Ela publicou contos em Portugal, Itália e nos Estados Unidos, onde morou por oito anos e ministrou cursos e palestras sobre questões raciais. Foi escritora residente nas Universidades de Tulane (New Orleans), Stanford (California), e Middlebur (Vermont).

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Publicado em 7 de novembro de 2025 às 23:14

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