A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu uma investigação sobre um brasileiro apontado como autor de ameaças e mensagens de teor racista dirigidas a autoridades dos Estados Unidos, entre elas o ex-presidente Donald Trump.
A apuração teve início após o Serviço Secreto americano alertar o governo brasileiro sobre o caso.
A operação, batizada de Sentinel, foi conduzida pela Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento e resultou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Goiânia (GO). De acordo com a corporação, a medida faz parte de uma ação preventiva contra possíveis atos de extremismo ideológico e violento.
Durante a diligência, os agentes encontraram documentos e anotações que indicavam o plano do investigado de tentar entrar nos Estados Unidos pela Guatemala. No local, também havia inscrições em inglês, entre elas a frase "shoot to kill", gravada em uma parede.
Segundo as autoridades, o homem de 33 anos teria enviado e-mails com discurso de ódio racial, antissemitismo e ameaças a membros do governo norte-americano. No dia seguinte ao envio das mensagens, ele chegou a se dirigir à Embaixada dos EUA, em Brasília, portando uma mala, mas foi impedido de entrar pela equipe de segurança.
O alerta internacional chegou ao Laboratório de Inteligência Cibernética do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que encaminhou as informações à PCDF no fim de outubro. A operação contou ainda com o apoio da Polícia Civil de Goiás, do Ministério Público do DF e do Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP.
A corporação informou que a investigação busca não apenas esclarecer o caso, mas também prevenir a disseminação de discursos de ódio e práticas extremistas. O suspeito será ouvido, e o material apreendido passará por análise pericial.
