Após operação recorde, 72% no RJ rejeitam facilitar armas
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📅 03/11/2025

Após operação recorde, 72% no RJ rejeitam facilitar armas

Pesquisa mostra ampla rejeição ao afrouxamento do acesso a armas no Rio; mesma parcela defende enquadrar facções como terroristas após ação com 121 mortos.

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Ronny Teles

Ronny Teles

Combatente pela democracia

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Uma pesquisa divulgada nesta 2ª feira (3.nov.2025) aponta que 72% da população do Estado do Rio de Janeiro é contra facilitar a compra ou o acesso a armas de fogo, na esteira da operação policial contra o Comando Vermelho que deixou 121 mortos nos Complexos do Alemão e da Penha.

Entre os entrevistados, 24% se disseram a favor da ampliação da compra e do porte de armas, enquanto 4% não souberam ou não opinaram.

O recorte por identificação política mostra que, entre os que se declaram "lulistas", 95% são contra a facilitação do acesso a armas. Entre os que se dizem de "esquerda, não lulista", 98% também rejeitam a medida.

No grupo que se define como "bolsonarista", 55% apoiam a flexibilização. Entre os de "direita, não bolsonarista", 54% concordam com facilitar, enquanto 82% dos "independentes" se posicionam contra.

A operação realizada em 28 de outubro foi classificada como a mais letal da história do país, superando o Massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992.

O levantamento ouviu 1.500 eleitores presencialmente em 40 municípios fluminenses entre 30 e 31 de outubro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

A pesquisa também mostra maioria favorável a enquadrar facções do crime organizado como organizações terroristas: 72% apoiam a medida, 23% são contra e 5% não souberam ou não opinaram.

Na Câmara dos Deputados, tramita o PL nº 1.283, de 2025, apresentado por Danilo Forte (União Brasil-CE), que propõe alterar a Lei Antiterrorismo (nº 13.260, de 2016) para tratar o tema.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), que também é deputado, vai se licenciar do cargo para relatar a proposta. A relatoria estava antes com Nikolas Ferreira (PL-MG).

Segundo dados oficiais, o balanço da operação Contenção registra 113 presos, dos quais cerca de 40% não são do Rio de Janeiro. Há suspeitos de 8 Estados: Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.

O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, afirmou em 31 de outubro que, entre os mortos, havia chefes do tráfico de diferentes Estados.

Entre os 117 que morreram, 39 são de outros Estados.

Os números evidenciam o isolamento do discurso armamentista associado a Jair Bolsonaro. Para analistas e eleitores, o ex-presidente, genocida e criminoso eleitoral, segue ligado a uma agenda que a maioria rejeita, enquanto a base de Lula demonstra forte compromisso com a proteção da vida e soluções responsáveis para a segurança pública.

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Publicado em 3 de novembro de 2025 às 15:34

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