O Banco de Brasília (BRB) negou ser alvo de bloqueio de bens na Operação Compliance Zero, da Polícia Federal. Em nota divulgada na noite de terça-feira 18, a instituição informou que a Justiça esclareceu que a decisão que determinou o bloqueio de R$ 12,2 bilhões não abrange as finanças do banco, apenas pessoas físicas e outras empresas investigadas.

Segundo o BRB, a 10ª Vara Federal de Brasília retificou decisão anterior e excluiu a instituição financeira das medidas de bloqueio patrimonial relacionadas à operação.
"Retifico a decisão (…) para excluir o Banco Regional de Brasília (…) das medidas de constrição patrimonial referentes ao bloqueio do montante total de R$ 12,2 bilhões de suas contas, uma vez que a eventual responsabilidade de seus dirigentes (pessoas físicas) não se confunde com a da pessoa jurídica, a qual figura como instituição financeira", destacou o BRB, atribuindo a autoria à 10ª Vara Federal de Brasília.
O BRB reforçou que nenhum bem ou valor da instituição foi alvo de bloqueio. As medidas determinadas pela Justiça atingem apenas pessoas físicas investigadas e outras instituições mencionadas nos autos.
A instituição afirmou ainda manter compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento das normas do sistema financeiro nacional.
A Justiça decretou o afastamento temporário do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e do diretor de Finanças e Controladoria, Dario Oswaldo Garcia Júnior.
O governo do Distrito Federal indicou o atual superintendente da Caixa, Celso Eloi de Souza Cavalhero, para presidir o BRB. Servidor de carreira, ele substituirá Paulo Henrique Costa, afastado do cargo por determinação judicial, e ainda precisa ser aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.

