China recusa negociar corte nuclear com EUA e cobra ação de Washington
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📅 08/11/2025

China recusa negociar corte nuclear com EUA e cobra ação de Washington

Mao Ning afirmou ser "irracional" exigir a presença chinesa em negociações enquanto EUA e Rússia mantêm arsenais muito maiores, e disse que os norte-americanos devem reduzir "de forma significativa" suas ogivas.

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Ronny Teles

Ronny Teles

Combatente pela democracia

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse na 6ª feira (7.nov.2025) que a China não discutirá uma redução em seu número de armas nucleares com os Estados Unidos no momento.

Segundo Mao Ning, seria uma atitude "irracional" se sentar à mesa com países como EUA e Rússia para uma desnuclearização, tendo em vista que esses países têm um arsenal nuclear superior ao chinês.

"As forças nucleares da China não estão no mesmo nível que as dos Estados Unidos e da Rússia. Neste momento, é injusto, irracional e inviável exigir que a China participe de negociações sobre o controle de armas nucleares", declarou.

A porta-voz também disse que cabe aos EUA, como maior detentor de arsenal nuclear do planeta, assumir a responsabilidade por um desarmamento nuclear global. Só assim seria possível uma ação coordenada com os demais países.

"Como país com o maior arsenal nuclear, os Estados Unidos devem cumprir seriamente sua responsabilidade especial e prioritária pelo desarmamento nuclear, reduzir ainda mais, de forma significativa e substancial, seu arsenal nuclear e criar as condições para alcançar um desarmamento nuclear abrangente e completo", afirmou a porta-voz.

No final de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que apoia uma "desnuclearização" global e que mantém conversas com o líder russo Vladimir Putin nesse sentido.

O norte-americano declarou que tinha interesse em chamar a China para essa mesa de negociações, pois, segundo ele, a China alcançará um arsenal nuclear similar ao russo em poucos anos.

"Eu gostaria de ver uma desnuclearização porque temos muitas armas nucleares, a Rússia é a 2ª [em quantidade], seguida pela China em 3º lugar, e a China alcançará a Rússia em 4 ou 5 anos", disse Trump.

No mesmo dia em que deu essa declaração, o chefe da Casa Branca instruiu o Departamento de Guerra dos EUA a retomar os testes nucleares no país.

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Publicado em 8 de novembro de 2025 às 13:17

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