Em comunicado de oito parágrafos, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano e chamou a atenção pelo uso contido da conjunção "mas", que aparece duas vezes no início do texto para contrariar expectativas de alívio. Para o economista Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, a mensagem foi dura do começo ao fim, e o "mas" funciona como trava: "O comitê reconhece o cenário, mas afirma que não é agora o momento de flexibilizar". Termos como "elevada incerteza", "cautela" e "estratégia de manutenção" indicam juros altos por mais tempo do que o mercado esperava.
Felipe Prata, sócio-fundador da Nest Asset Management, resumiu o espírito do recado: "corte só com evidências, não com promessas." Para o economista, isso só deve acontecer a partir de março de 2026.

