Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou em vídeo que a denúncia da PGR contra ele e o jornalista Paulo Figueiredo por coação em processo judicial é "sem pé nem cabeça". Segundo ele, o objetivo seria "tirar do tabuleiro político de qualquer maneira" e "enfraquecer o nome Bolsonaro" para 2026. O vídeo foi publicado nas redes sociais de Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
O STF marcou a análise do caso para o plenário virtual, de 13 a 25 de novembro.
De acordo com a denúncia, Eduardo teria promovido campanha para que o governo dos Estados Unidos aplicasse sanções a autoridades brasileiras, com o objetivo de que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ficasse livre das acusações por golpe de Estado.
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Eduardo e Paulo Figueiredo agiram de forma reiterada para "submeter os interesses da República e da coletividade a objetivos pessoais e familiares".
A Defensoria Pública da União, que defende o deputado, pediu ao STF a rejeição da denúncia e afirmou que as manifestações do congressista são "exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar".
Eduardo declarou: "Eu não tenho nada na minha mão que possa pressionar os ministros do STF. Eu não tenho caneta nem poder para assinar sanção, é um instrumento que não está à minha disposição. Isso é parte de uma construção para me tirar do tabuleiro político de qualquer maneira, para tentar enfraquecer o nome Bolsonaro e achar que assim eles vão enterrar o movimento político".
Ele disse ainda que o caso reforça seu discurso sobre lawfare (uso de instrumentos jurídicos para prejudicar um adversário) e perseguição, afirmando: "esse canhão vai se voltar contra todos aqueles que Moraes e seus comparsas identificarem como inimigos, permitindo que só uma direita permitida possa se configurar nesse tabuleiro político brasileiro".
Eduardo concluiu: "Estou convicto de que estou fazendo certo, porque a liberdade é sempre prioridade".
