Eduardo Bolsonaro vira devedor por faltas e pode ir à Dívida Ativa
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📅 29/10/2025

Eduardo Bolsonaro vira devedor por faltas e pode ir à Dívida Ativa

A Câmara incluiu o deputado no Cadin por R$ 13,9 mil em ausências injustificadas; ofício à PGFN abre caminho para a Dívida Ativa. Em 2025, ele já faltou a 40 de 55 sessões.

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Ronny Teles

Ronny Teles

Combatente pela democracia

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A Câmara dos Deputados incluiu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) por uma cobrança de R$ 13,9 mil referente a faltas injustificadas no mês de março.

Segundo a Casa, a avaliação interna é que o desfecho do caso dependerá da esfera judicial.

Foi informado que um ofício será enviado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para avaliar a inscrição do débito na Dívida Ativa da União.

As cobranças resultam de quatro ausências sem justificativa em março, quando o parlamentar já estava nos Estados Unidos, antes de oficializar o afastamento temporário do mandato.

Pelas regras internas, faltas não justificadas podem ser descontadas do salário. De acordo com a Câmara, o deputado não apresentou justificativas para as ausências, que somam R$ 13.941,40.

A medida foi tomada após determinação do Tribunal de Contas da União para que a Câmara adotasse providências sobre o uso de recursos públicos relacionado à estadia do parlamentar nos EUA.

O próprio deputado reagiu à cobrança. Ele afirmou ser "admirável ver que eles não têm vergonha de tentar cobrar 14 mil de faltas", que, na avaliação dele, foram causadas por uma "perseguição".

O gabinete foi notificado e recebeu o boleto em agosto; a guia venceu no início de setembro, e a Câmara iniciou os trâmites formais para a cobrança.

Com a inclusão no Cadin, o nome do deputado passa a constar em um banco de dados federal de devedores até a quitação ou regularização do débito.

O próximo passo informado é a possível inscrição na Dívida Ativa da União, caso a PGFN concorde com a medida.

Eleito por São Paulo, Eduardo Bolsonaro mora nos Estados Unidos desde o início do ano e tenta exercer o mandato à distância.

Até julho, ele esteve licenciado, o que interrompeu a contagem de faltas no período.

Sem possibilidade de renovar a licença, o deputado reassumiu automaticamente o mandato e vem acumulando ausências injustificadas desde agosto.

Das 55 sessões ocorridas em 2025, o parlamentar faltou a 40, o que corresponde a 72,7%.

O excesso de ausências pode levar à perda do mandato de forma administrativa.

A Constituição prevê a perda do mandato se o parlamentar faltar a um terço ou mais das sessões de votação no ano, em rito próprio definido pela Câmara.

Pelas regras internas, a análise sobre as faltas de 2025 deverá ocorrer apenas em 2026.

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Publicado em 29 de outubro de 2025 às 21:02

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