Neste domingo (9.nov.2025), mais de 4,81 milhões de candidatos farão as primeiras provas do Enem 2025, com redação e mais 90 questões de múltipla escolha.
Para se sair bem, é preciso mais do que interpretação de textos e gramática: entram em jogo história, geografia, filosofia, sociologia e a língua estrangeira escolhida, além de administrar as 5 horas e 30 minutos de prova.
Uma orientação central é evitar chutar por falta de tempo. Isso pode atrapalhar o cálculo da nota, feito pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia adotada pelo Inep.
"A prova do Enem exige muito a coerência pedagógica para se sair bem. A Teoria de Resposta ao Item, que chamamos de TRI, não vai adotar a quantidade de acertos que o candidato vai conseguir. E sim, sua coerência no Cartão-Resposta", diz o pedagogo Glauco Pinheiro.
A mesma lógica vale para o 2º dia, em 16 de novembro, quando serão cobrados matemática, biologia, química e física, com foco em raciocínio lógico e aplicação de fórmulas.
No Enem, não há pesos fixos por questão. A nota é calculada pela TRI, que considera a coerência dos acertos de acordo com a dificuldade de cada item.
"Espera-se que participantes que acertaram as questões difíceis devam também acertar as questões fáceis, pois, entende-se que a aquisição do conhecimento ocorre de forma cumulativa, de modo que habilidades mais complexas requerem o domínio de habilidades mais simples", explica o Inep em seu site.
A metodologia também pontua os acertos levando em conta a particularidade de cada questão, conforme seus parâmetros.
Cada item considera 3 variáveis, chamadas de parâmetros, no cálculo final da nota.
Esse conjunto de modelos matemáticos relaciona a probabilidade de acerto, o nível de conhecimento do participante na área avaliada e as características dos itens.
Assim, a nota não depende apenas da quantidade bruta de erros e acertos.
Duas pessoas com o mesmo número de acertos e erros podem ter notas diferentes, a depender de quais questões acertaram ou erraram.
Embora a nota não seja calculada diretamente pelo número de acertos, existe relação: quem acerta mais tende a ter nota alta; quem acerta pouco terá nota baixa.
O Inep esclarece que acertar uma questão "no chute" não faz a nota diminuir, mas esse acerto vale menos do que quando há coerência pedagógica nas respostas.
Deixar em branco conta como erro. Por isso, "sempre é melhor responder à questão do que deixá-la em branco, pois uma questão certa sempre aumenta a nota, e uma questão deixada em branco é corrigida como errada", assegura o Inep.
As notas mínimas e máximas variam conforme as questões de cada edição, mudando ano a ano.
Na divulgação dos resultados, em janeiro de 2026, o Inep informará as notas mínima e máxima por área. Os critérios do TRI podem ser consultados no canal do Inep no YouTube e em guia disponível no portal do instituto.

