O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) não tem restrição de idade. Dados do Painel Enem 2025, do Inep, registram inscritos de várias faixas etárias entre os mais de 4,81 milhões confirmados nesta edição, desde menores de 16 anos até candidatos com 60 anos ou mais.

Os participantes com 60 anos ou mais representam 0,35% do total e aumentaram 191,38% de 2022 a 2025. Hoje, são 17.192 inscritos, ante 5.900 na edição de 2022.

Segundo o Inep, "os números traduzem o avanço educacional de uma parcela da sociedade em busca do desenvolvimento individual e coletivo".

De acordo com o IBGE, em 2023, 15,6% da população brasileira tinha 60 anos ou mais, o equivalente a 33 milhões de pessoas idosas.

O painel apresenta a distribuição por faixa etária dos inscritos no exame deste ano.

Entre os candidatos com 60 anos ou mais, as mulheres são maioria (54,35%) e os homens somam 45,65%.

No recorte de escolaridade, 14.810 inscritos dessa faixa já concluíram o ensino médio.

Outros 1.141 não estão cursando ou não concluíram o ensino médio, e 1.069 estão com os estudos ativos na última série.

Há ainda 172 pessoas que cursam o ensino médio, mas não o concluirão no ano letivo de 2025.

Nesta edição, o Enem voltará a permitir o uso das notas para certificação de conclusão do ensino médio e para declaração parcial de proficiência.

Os Estados com mais inscritos confirmados acima de 60 anos são Rio de Janeiro (3.087), São Paulo (2.367) e Minas Gerais (1.997).

As provas objetivas e a redação serão aplicadas em 9 e 16 de novembro, em 1.804 municípios do país.

Belém, Ananindeua e Marituba (PA) terão aplicação em 30 de novembro e 7 de dezembro por causa da COP30, marcada para 10 a 21 de novembro na capital paraense.

Os participantes fazem provas em quatro áreas de conhecimento: linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e matemática, totalizando 180 questões objetivas.

A redação exige um texto dissertativo-argumentativo a partir de um problema proposto.

Instituído em 1998, o Enem é hoje uma das principais portas de entrada para o ensino superior no Brasil.

Os resultados podem ser usados para acesso a universidades públicas, bolsas integrais e parciais em instituições privadas, pleito de crédito estudantil, ingresso sem vestibular em faculdades, estudo em Portugal, autoavaliação e certificação de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência.