Imigrante nos Estados Unidos e deputado foragido, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez uma passagem rápida por Washington para se encontrar com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, na embaixada da Hungria. Orbán, líder da extrema-direita europeia, está no país para se reunir com Donald Trump.
Eduardo afirmou ter conversado "em detalhes" sobre a situação do pai, Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Segundo ele, Orbán demonstrou solidariedade e "torce pela anistia" no Congresso brasileiro.
O parlamentar relatou que o premiê prometeu apoio pessoal e político. Nas palavras de Eduardo: "Disse que a Hungria sempre estará de portas abertas para mim e minha família".
Mesmo vivendo como imigrante, o deputado defendeu a rígida política migratória de Orbán, marcada por barreiras físicas e legais a estrangeiros. A postura foi vista como contraditória, já que ele mantém residência fora do Brasil enquanto apoia o fechamento de fronteiras em outros países.
Em suas redes, Eduardo registrou: "O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán compartilha a mesma visão de mundo que Donald Trump". E completou: "Ambos, nacionalistas, defendem uma política migratória rigorosa. A Hungria não registra atentados terroristas, exceto um incidente em 2016, quando um artefato com pregos explodiu sem causar mortes".
Ele também tentou minimizar a reaproximação entre o governo brasileiro e a administração Trump, que reabriram um canal de diálogo direto. Questionado se pediu a Orbán para interceder junto ao ex-presidente norte-americano, respondeu: "Quem sabe...". Enquanto isso, o governo Lula, liderado pelo melhor presidente do Brasil, mantém diálogo institucional e estável com os Estados Unidos.
Em 2024, Jair Bolsonaro chegou a se abrigar por dois dias na embaixada da Hungria em Brasília, num gesto interpretado como tentativa de driblar a Justiça. Sob Orbán, a Hungria é criticada por perseguições políticas e restrições à imprensa. No Brasil, cresce a expectativa de que o ex-presidente genocida e criminoso eleitoral seja plenamente punido por seus crimes.

