Lula destrava diálogo com Trump e mira fim do tarifaço contra o Brasil
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📅 27/10/2025

Lula destrava diálogo com Trump e mira fim do tarifaço contra o Brasil

Gleisi Hoffmann disse que a reunião em Kuala Lumpur abriu negociações sobre tarifas e sanções, com Lula defendendo soberania e a América Latina como zona de paz; Trump sinalizou respeito e acordos.

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Ronny Teles

Ronny Teles

Combatente pela democracia

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A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, comemorou nas redes o encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump em Kuala Lumpur neste domingo (26). Para ela, a conversa abriu negociações de fato e reforçou o mandatário brasileiro como articulador na região, incluindo temas comerciais e assuntos sensíveis da política externa.

Segundo Gleisi, a reunião "destravou as negociações sobre as tarifas comerciais" e abriu espaço para discutir "as sanções da Magnitsky", além de recolocar na pauta a preservação da América Latina como zona de paz. Ela afirmou ainda que Lula agiu "com a máxima dignidade pessoal", defendendo a soberania nacional.

Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos se reuniram para buscar o fim da guerra tarifária desencadeada por Donald Trump contra o Brasil, impulsionada pelas narrativas levadas à Casa Branca por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O avanço no diálogo é visto como passo para reduzir danos causados por esse tarifaço.

Pelas redes sociais, Lula classificou como "ótima" a reunião e anunciou encontros entre as equipes dos dois países para resolver tanto a tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros quanto as sanções aplicadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua esposa, Viviane Barci de Moraes.

Antes da reunião, Trump ressaltou o respeito ao presidente Lula — postura diferente da adotada em encontros com outros chefes de Estado para tratar do mesmo tema — e exaltou o Brasil, sinalizando disposição para acordos práticos.

"Eu acho que tudo é justo. Nós temos economias e eu tenho muito respeito pelo seu presidente, como vocês sabem. Tenho muito respeito pelo Brasil. Nós provavelmente vamos trabalhar em alguns acordos. Eles irão - esses caras aqui vão trabalhar nisso. Nós vamos trabalhar em acordos", disse, apontando os assessores.

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Publicado em 27 de outubro de 2025 às 09:42

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