Um mês de "cessar-fogo" de Trump: 271 palestinos mortos em Gaza
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📅 11/11/2025

Um mês de "cessar-fogo" de Trump: 271 palestinos mortos em Gaza

Relatos do grupo terrorista Hamas apontam 271 mortos e 622 feridos, incluindo 221 crianças, enquanto Israel mantém bloqueios à UNRWA apesar de decisão da CIJ; há acusações cruzadas de violações do acordo.

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Ronny Teles

Ronny Teles

Combatente pela democracia

Um mês após o início do "cessar-fogo" na Faixa de Gaza, o grupo terrorista Hamas informou que 271 palestinos foram assassinados e 622 ficaram feridos no período, muitos em decorrência de bombardeios e disparos israelenses classificados como ataques terroristas.

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"Entre os mártires, estavam 107 crianças, 39 mulheres e 9 idosos — o que significa que 58% eram crianças, mulheres e idosos — refletindo a política contínua da ocupação de assassinato sistemático contra civis desarmados", disse o grupo por meio de nota publicada hoje.

Segundo o Hamas, apenas 40% da ajuda humanitária prevista foi efetivamente entregue. O acordo estabelecia a entrada de 600 caminhões por dia, incluindo 50 caminhões-tanque de combustíveis.

"As entregas de ajuda efetivas não ultrapassaram 40% da quantidade acordada — menos de 200 caminhões por dia no primeiro mês —, enquanto as remessas comerciais constituíram 60%, parte das quais foi registrada falsamente como ajuda humanitária", informou o grupo político-militar que atua em Gaza.

O Hamas acusa Israel de deter 35 moradores de Gaza durante o período, inclusive pescadores no mar, e de demolir casas dentro da chamada Linha Amarela, com destruição ampla de propriedades civis.

Ao mesmo tempo, Israel acusa o Hamas de violar o cessar-fogo. As Forças de Defesa de Israel (FDI) alegam que supostos integrantes do grupo cruzaram a Linha Amarela e realizaram ataques. O Hamas nega qualquer violação.

"Dois terroristas foram identificados cruzando a Linha Amarela e se aproximando das tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF) no sul da Faixa de Gaza, representando uma ameaça imediata", informou a FDI na manhã desta segunda-feira.

A ajuda humanitária da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) segue enfrentando bloqueios por parte de Israel, apesar do parecer da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que obriga a permissão de entrada dos suprimentos em Gaza.

"Em violação direta do acordo, o regime de ocupação continua impedindo a entrada da assistência humanitária fornecida pela UNRWA, resultando no acúmulo de mais de 6.000 remessas de suprimentos essenciais", informou o Hamas.

Israel alega que a UNRWA apoia o Hamas, mas a CIJ avaliou que o governo do criminoso e oportunista primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não comprovou a acusação. A agência segue proibida de operar em Israel.

Segundo dados da ONU, 3,2 mil caminhões com ajuda humanitária entraram em Gaza no primeiro mês do acordo, nenhum deles da UNRWA.

Apesar das restrições, a distribuição de refeições quentes, pão e cestas básicas vem aumentando gradualmente desde o início do cessar-fogo, segundo o Escritório da ONU para Ajuda Humanitária (Ocha).

A entidade aponta falta de acesso seguro ao mar para os pescadores, que continuam sem autorização para pescar, e restrições à entrada de insumos agrícolas.

"Desde o início do cessar-fogo, 23 pedidos de nove agências de ajuda humanitária para levar quase 4.000 paletes de suprimentos de abrigo urgentemente necessários para Gaza foram rejeitados pelas autoridades israelenses. Há 57 dias, nenhuma ajuda entrou diretamente no norte de Gaza por qualquer passagem norte", informou a Ocha.

O governo de Tel Aviv cobra a devolução dos restos mortais de quatro reféns capturados em 7 de outubro de 2023. O ministro da Defesa Israel Kartz afirmou que o objetivo é destruir todos os túneis do Hamas em Gaza e desmilitarizar o território.

"Até que todos os reféns mortos sejam devolvidos e até que o último túnel seja cavado, continuaremos a agir com vigor para alcançar nossos objetivos em Gaza", disse Kartz, acrescentando que Israel pretende ainda desmilitarizar Gaza completamente.

O Hamas sustenta que não foi possível localizar todos os restos mortais devido à destruição da infraestrutura de Gaza e à falta de equipamentos de escavação.

"Apesar disso, o Movimento conseguiu localizar vinte e quatro (24) corpos dos vinte e oito (28) e, por meio de mediadores e da Cruz Vermelha, forneceu as coordenadas para a localização de outros corpos em áreas sob controle das forças de ocupação. O Movimento continua seus esforços intensivos para localizar os corpos restantes", completou o grupo palestino.

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Publicado em 11 de novembro de 2025 às 11:13

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