Em Washington D.C. (EUA), o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán (Fidesz, direita), se reuniu com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na 5ª feira (6.nov.2025). Eles conversaram sobre as próximas eleições na Hungria e a prisão domiciliar imposta pelo ministro do STF Alexandre de Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Encontrei @BolsonaroSP em Washington. Nós estamos firmemente ao lado dos Bolsonaro nesses tempos desafiadores –amigos e aliados que nunca desistem. Continuem na luta: caças às bruxas políticos não têm lugar na democracia. Verdade e justiça devem prevalecer", disse Orbán em postagem nas redes sociais.
Orbán, 62 anos, está em seu 4º mandato à frente do governo da Hungria. As próximas eleições no país estão marcadas para abril de 2026 e podem representar a maior ameça ao poder do premiê nos últimos 15 anos, com a ascensão do partido de centro-direita Tisza, liderado pelo eurodeputado Péter Magyar, ex-filiado do Fidesz e ex-integrante do governo de Orbán.
Em publicação nas redes, Eduardo retribuiu o gesto e agradeceu ao húngaro, comparando as violações de direitos humanos do regime soviético sofridas pela Hungria à "perseguição que hoje enfrentam o presidente Jair Bolsonaro e milhões de brasileiros que defendem a liberdade".
Em outra mensagem, Eduardo elogiou o líder húngaro e afirmou buscar "aprender diretamente na fonte as melhores práticas de seu movimento –e não são poucas– em política de migração, defesa da família e combate ao comunismo, o que, por óbvio, inclui a preservação das liberdades". Segundo ele, Orbán compartilha a "mesma visão de mundo" de Donald Trump.
Na 2ª feira (3.nov), o STF marcou para o período de 13 a 25 de novembro a análise, em plenário virtual, da denúncia da PGR contra Eduardo Bolsonaro e o jornalista e empresário Paulo Figueiredo por coação em processo judicial.
Segundo Eduardo, a acusação "não tem pé nem cabeça" e seria uma tentativa de tirá-lo "do tabuleiro político de qualquer maneira". A Defensoria Pública da União pediu ao STF que a denúncia seja rejeitada e afirmou que as manifestações do congressista são "exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar".
Na denúncia, a PGR afirma que o deputado promoveu uma campanha para pressionar o governo dos Estados Unidos a aplicar sanções a autoridades brasileiras, com o objetivo de que seu pai ficasse livre das acusações por golpe de Estado. Eduardo está nos EUA desde fevereiro de 2025.

