Em um vídeo que voltou a circular nas redes, a advogada e influenciadora Gabriela Prioli analisou a possível fusão entre o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB) adotando um tom de "leiga curiosa". Ao questionar o "barulho" midiático sobre a operação, ela sugeriu que críticas poderiam ser manobra de grandes bancos para desvalorizar ativos do Master. Prioli destacou a "rentabilidade atrativa" dos CDBs, garantidos pelo FGC, e disse que a entrada do BRB seria "uma coisa boa" por ampliar a concorrência.

O vídeo, com cerca de quatro minutos, viralizou ao apresentar o Master como opção segura para investidores comuns e ao criticar o pânico de manchetes. "Fiquei intrigada e preocupada", disse, antes de concluir que "não há nenhum problema aparente". Após o escândalo vir à tona, a peça foi republicada no X com tom irônico, e usuários passaram a cobrar explicações sobre a suposta "forcinha involuntária" à imagem do banco.
O caso explodiu na terça-feira (18), quando a Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, em São Paulo, apontado como líder de um esquema de fraudes bilionárias com emissão e venda de títulos de crédito falsos. A investigação apura prejuízos que podem ultrapassar R$ 12 bilhões, com indícios de que o banco vendeu papéis fraudulentos ao BRB e a outros investidores, colocando o Fundo Garantidor de Créditos em risco. Agentes apreenderam R$ 1,6 milhão em espécie e identificaram conexões políticas, com suspeitas de envolvimento de governadores e parlamentares em operações "estranhas".
Na quarta-feira (19), o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master e assegurou que clientes com até R$ 250 mil serão ressarcidos pelo FGC em até 30 dias. A defesa de Vorcaro protocolou habeas corpus alegando ausência de risco de fuga, enquanto a PF segue em busca de provas adicionais de lavagem de dinheiro e corrupção.
O escândalo expôs fragilidades na supervisão do sistema financeiro e pode respingar em figuras públicas ligadas ao BRB, reacendendo o debate sobre transparência e regulação no setor. Nas redes, a reviravolta ampliou a pressão por responsabilidade de influenciadores ao tratar de produtos financeiros.

