Uma sequência de incidentes provocados por condições marítimas extremas colocou Tenerife, no arquipélago das Ilhas Canárias, em estado de alerta máximo neste domingo (9). A ressaca no Atlântico atingiu patamares excepcionais e resultou em três mortes, além de ao menos 15 feridos. Vídeos nas redes sociais mostram o mar avançando sobre áreas normalmente seguras para turistas.

A primeira morte foi registrada em La Guancha, no norte da ilha, quando um homem caiu na água e foi arrastado pela corrente. Ele foi localizado por um helicóptero de resgate, retirado das ondas e levado ao hospital, mas não resistiu. Poucas horas depois, um segundo corpo — de um homem encontrado boiando na praia de El Cabezo, no sul — também foi retirado do mar por equipes de emergência, que não conseguiram reanimá-lo.

O episódio mais dramático ocorreu em Puerto de la Cruz, no norte de Tenerife, onde uma onda atingiu o píer e arrastou dez pessoas para o mar. Segundo equipes de resgate, três ficaram gravemente feridas após colidirem com o cais ou com rochas. Um membro da equipe de emergência afirmou que "uma mulher morreu e nove pessoas ficaram feridas ao caírem na água após uma forte rajada de vento em Tenerife, no píer de Puerto de la Cruz, às 15h".

No mesmo dia, uma idosa sofreu um ataque cardíaco durante as fortes rajadas e também morreu, segundo autoridades locais. A preocupação é crescente nas ilhas, que vêm registrando ressacas incomuns desde o início do ano. Em janeiro, um turista britânico de 63 anos foi arrastado para o mar na piscina natural de Los Gigantes — ele foi resgatado por helicóptero, mas não resistiu.

A Defesa Civil das Ilhas Canárias reforçou o alerta para moradores e visitantes, pedindo que evitem áreas próximas ao litoral durante o período de forte ondulação. A região já registrou casos semelhantes no passado: em 2017, um turista britânico de 30 anos morreu após ser atingido por uma onda e cair no mar próximo a uma gruta na mesma ilha.