STF julga "kids pretos" e aperta cerco ao golpismo bolsonarista
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📅 11/11/2025

STF julga "kids pretos" e aperta cerco ao golpismo bolsonarista

A 1ª Turma retoma o caso sobre militares acusados de planejar ações para manter Jair Bolsonaro no poder; nos núcleos anteriores, todos os réus foram condenados e o ex-presidente pegou 27 anos e 3 meses.

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Ronny Teles

Ronny Teles

Combatente pela democracia

O STF retoma nesta 3ª feira (11.nov.2025) o julgamento dos acusados de participar da tentativa de golpe de 2022, com foco no núcleo dos "kids pretos".

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Esse grupo, conhecido como "forças especiais", é formado majoritariamente por militares da ativa e da reserva, especializados em operações táticas, apontados pela PGR como responsáveis por planejar e executar ações para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Segundo a denúncia da PGR, eles seriam encarregados das "ações de campo", incluindo monitoramento e tentativa de "neutralização" de autoridades, além de pressionar o alto comando do Exército por apoio à ruptura institucional.

É o 3º núcleo a ser analisado pela 1ª Turma. Nos 2 anteriores, todos os réus foram condenados, entre eles o próprio Bolsonaro, que recebeu pena de 27 anos e 3 meses de prisão. O tenente-coronel Mauro Cid foi condenado a 2 anos em regime aberto e começou a cumprir a pena em 3 de novembro.

A etapa atual ocorre com mudança de composição: com a saída de Luiz Fux da 1ª Turma para a 2ª, apenas 4 ministros participarão das próximas votações. Na última sessão em que esteve presente, Fux indicou que poderia continuar votando nos processos já pautados.

A intenção, porém, não se concretizou. Sem um pedido formal para permanecer nos casos em andamento, passa a valer a regra regimental: ministros transferidos de turma não podem seguir participando de julgamentos anteriores.

Com essa configuração, a expectativa é de manutenção do padrão observado até aqui. Desde o início das análises, a 1ª Turma tem acompanhado de forma quase unânime o relator Alexandre de Moraes, com exceção de Fux, que costumava ser voto vencido.

Segundo a PGR, os réus deste núcleo aparecem na denúncia como envolvidos na operação "Copa 2022", ligada ao plano "Punhal Verde e Amarelo".

A operação "Copa 2022" é descrita como ação de caráter tático e coercitivo, ponto culminante da execução do plano golpista de uma organização criminosa que pretendia romper a ordem democrática no Brasil.

De acordo com o Ministério Público Federal, o objetivo era a "neutralização" de autoridades centrais do regime democrático.

Essa ofensiva estava vinculada a um plano mais amplo, denominado "Punhal Verde Amarelo", de natureza violenta e coordenada, com execução prática voltada contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

O conjunto de ações buscava criar um cenário de instabilidade institucional e social para justificar a adoção de medidas de exceção.

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Publicado em 11 de novembro de 2025 às 11:12

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