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TSE tem como principal desafio enfrentar o mau uso da inteligência artificial, diz Alexandre de Moraes

Durante uma sessão do TRE-SP na segunda-feira (27.nov), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral reforçou a necessidade de monitorar o uso de IA nas campanhas para as eleições municipais de 2024. Leia mais na Poder360.

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou na segunda-feira (27.nov.2023) que a fiscalização do uso de inteligência artificial (IA) nas campanhas eleitorais será um trabalho prioritário para a Justiça Eleitoral durante o período das eleições municipais de 2024.

Durante a sessão solene de entrega do Colar do Mérito Eleitoral Paulista, realizada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), Moraes ressaltou a importância dessa ação para a defesa da democracia. 'O combate à desinformação, o combate às notícias fraudulentas, esse combate é necessário para garantir aquilo que há de mais importante nas democracias, a liberdade de voto do eleitor.', disse ele.

Para Moraes, a chegada da IA pode potencializar ainda mais os impactos negativos causados pelas notícias falsas e pelas redes sociais não regulamentadas na liberdade de voto e na própria democracia. 'Se as fake news, se as redes sociais sem uma regulamentação já afetam e colocam em risco a liberdade do voto e a própria democracia, com a chegada da inteligência artificial, a Justiça Eleitoral tem que ficar mais alerta ainda', afirmou o presidente do TSE.

Moraes também destacou a dificuldade em combater os danos causados pelas notícias falsas, principalmente se considerarmos a complexidade tecnológica da IA. 'Depois que as notícias fraudulentas são produzidas, por mais que você combata, é impossível conseguir anular 100% os malefícios. Imaginem com a inteligência artificial.', ponderou.

Para ilustrar a força da tecnologia, o ministro exemplificou que a IA é capaz de 'simular discursos, coloca na boca de pessoas padrões labiais, que só um laudo comprova que são falsos.'

'Até você comprovar que isso não é verdade, [imagine] o estrago que isso faz na escolha do eleitor', alertou o ministro.

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