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Investigadores da PF e ministros do STF acreditam que a mudança na PGR vai acelerar as investigações a partir da delação de Cid

Antes da escolha de Paulo Gonet para a Procuradoria Geral da República, havia o medo entre os investigadores de que Lula selecionaria um procurador-geral semelhante a Aras, prejudicando as investigações. No supremo, Gonet é percebido como incapaz de perseguir ou ser leniente.

Os entrevistados dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal estão, de maneira geral, otimistas sobre a escolha de Paulo Gonet para liderar a Procuradoria Geral da República e acreditam que isso acelerará as investigações relacionadas à delação de Mauro Cid, bem como outras facetas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com Gonet no comando, a Polícia Federal espera que seja restaurada a 'normalidade' dos processos. Isso significa que os entrevistados esperam que o novo procurador não revogue ou conteste uma decisão já sancionada pelo STF.

Fontes da Polícia Federal intimamente ligadas à delação de Cid acreditam que a proximidade de Gonet com o ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a delação de Cid, vai reforçar ainda mais o trabalho dos investigadores.

Estará à disposição de Gonet uma sabatina marcada para o dia 13 de dezembro, antes de ele assumir o cargo. Acredita-se que ele examinará o caso de Cid e colaborará com a Polícia Federal para determinar a maneira mais eficaz de utilizar as informações, possivelmente solicitando novas diligências.

Entre os investigadores, havia a preocupação de que Lula indicasse um procurador-geral com a mesma postura que Aras, o que prejudicaria a pesquisa. Por exemplo, o Subprocurador Carlos Frederico, que foi cogitado para a posição, já afirmou publicamente que as informações fornecidas por Mauro Cid, ex-auxiliar de ordens de Bolsonaro, durante sua delação eram 'fracas'.

Já Antonio Carlos Bigonha, subprocurador mais próximo da esquerda politicamente e que também estava na lista para a posição da Procuradoria, era visto por setores do STF como corporativista. Portanto, havia o medo de que ele pudesse não acelerar as investigações sem a participação do Ministério Público.

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