BRASIL

Perícia será realizada em celular de médico preso por abuso sexual contra pacientes

Duas mulheres foram abusadas por Emilio Pontes da Fonseca Junior na Unidade Básica Vereador Orlando Ribeiro, em Muriqui

O celular apreendido do médico Emilio Pontes da Fonseca Junior, acusado de abuso sexual contra duas pacientes em uma unidade de saúde em Mangaratiba, será submetido a perícia. A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). As autoridades acreditam que dados armazenados no dispositivo, incluindo mensagens trocadas e arquivos de mídia como fotos e vídeos, podem fornecer evidências para a investigação.

Conforme a denúncia, os casos ocorreram no ano passado na cidade da Costa Verde do Rio. As duas vítimas foram atendidas por Emilio Pontes em 30 de dezembro de 2022, na emergência da Unidade Básica Vereador Orlando Ribeiro, no bairro Muriqui. De acordo com a Prefeitura de Mangaratiba, o médico foi desligado de sua função em janeiro deste ano, após tomar ciência das acusações.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) ordenou a suspensão imediata do registro profissional de Emilio Pontes, como divulgou o g1. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) declarou que irá cumprir a determinação assim que receber a notificação e complementou que já iniciou um procedimento de sindicância, que está sendo realizado em sigilo, em conformidade com o Código de Processo Ético-Profissional.

No momento da prisão, Pontes estava na UPH Parque Equitativa, em Duque de Caxias, na Baixa Fluminense, onde trabalhava em duas unidades como clínico geral na emergência. A Prefeitura de Caxias afirmou, em nota, que o médico foi suspenso de suas funções e que não tinha conhecimento do processo que envolvia o profissional, que era contratado terceirizado.

A denúncia descreve que Emilio Pontes cometeu abuso sexual contra duas pacientes em 30 de dezembro de 2022. As vítimas buscavam tratamento para sintomas diferentes: uma sofria de ansiedade e a outra de diarreia. Segundo a alegação, o médico transportou as pacientes, que estavam inicialmente sob cuidados de emergência, para um setor distante dos enfermeiros. A denúncia ainda detalha que ele pediu para as pacientes se despirem e se deitar de bruços para administrar um suposto medicamento retal, chegando a inserir seu dedo em uma delas.

O MPRJ também apura a possibilidade de existirem outras vítimas de Emilio Pontes e incentiva que pacientes que possam ter sofrido abusos por parte do doutor relatem os fatos através da Ouvidoria do MPRJ, por telefone ou pelo formulário eletrônico disponível no site do órgão.

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