BRASIL

Raio atinge turistas em trilha na Pedra da Gávea, matando guia, e incidente faz eco nas redes sociais

Um acidente fatal envolvendo um raio que atingiu um grupo de turistas na Pedra da Gávea, no Rio, se tornou viral. A vítima foi o guia turístico Leilson Souza, de 36 anos. Em entrevista ao programa Fantástico da TV Globo, o irmão da vítima e duas testemunhas contaram como foi o incidente.

Fotos de um raio atingindo um grupo de exploradores em uma trilha na Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, no domingo passado, 19, tiveram grande repercussão nas redes sociais. O impacto elétrico resultou na morte do guia turístico Leilson Souza, 36 anos. Neste domingo, 26, no Fantástico, da TV Globo, o irmão do guia morto e um casal que presenciou o incidente foram entrevistados.

“Senti um choque na minha mão na hora, mas simultaneamente ele (meu marido) já disse: ‘O cara morreu’”, contou a turista Karlla Araújo, que estava gravando um vídeo de si mesma quando o acidente aconteceu. Ela tinha filmado o guia segundos antes do trágico incidente. “Quando percebi o que estava acontecendo, desliguei o telefone e foi um completo desespero.”

O marido de Karlla, o empresário Paulo Eduardo Santos, relatou que antes do incidente ele havia observado sinais estranhos. “Senti uma coceira intensa no meu dedo e quando chegamos perto do topo, ouvimos um barulho que parecia ser de eletricidade”, declarou. O casal havia vindo do Mato Grosso para passear no Rio.

Especialistas consultados pelo Fantástico explicaram que um campo magnético se forma antes da queda de um raio. Este fenômeno pode causar sensações como formigamento e pode até mesmo arrepiar os cabelos. Conforme expôs o Estadão, de 2013 a 2022, pelo menos 835 pessoas foram mortas por raios no Brasil, uma média de 83,5 mortes por ano.

O número de mortes no Brasil é quase o dobro em comparação com a República Democrática do Congo e quase o triplo em relação à quantidade de mortes nos Estados Unidos, que são os dois países com maior número de raios depois do Brasil. O Brasil lidera o ranking mundial em incidência de raios, com aproximadamente 78 milhões de descargas por ano, de acordo com um estudo do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Ele era o principal suporte da família. Um indivíduo alegre, que tinha boa relação com todos”, disse Leandro Barros, irmão de Leilson que estava no grupo na hora do acidente. De acordo com Leandro, aproximadamente metade dos trabalhos feitos por Leilson como guia eram na trilha Pedra da Gávea e ele era muito experiente em percorrer o local.

Leandro descreveu como reagiu após o falecimento do irmão. “Corri para o topo da pedra, chequei seu pulso, seu coração, mas nada”, lembrou. “Passei a corda que tinha debaixo do ombro dele. Pedi ajuda a dois rapazes e disse: ‘Precisamos tirar meu irmão daqui, se não, não iremos descer’. Foi um momento muito difícil, pois não havia nada que pudesse ser feito.”

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