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Tarifa de metrô e trens em São Paulo pode aumentar, indica governador

Governador Tarcísio de Freitas acredita que o valor atual da passagem está 'defasado' e discute a possibilidade de um reajuste até o final do ano.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), indicou em uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira que pode haver um aumento no valor das tarifas de metrô e trens metropolitanos a partir do próximo ano. Atualmente, os usuários pagam R$ 4,40 por viagem. A declaração ocorreu um dia após uma greve que interrompeu sete linhas de transporte sobre trilhos, em protesto liderado pelos funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Segundo Tarcísio, a tarifa está 'defasada', pois não sofre reajuste desde janeiro de 2020. Ele afirmou que buscará uma solução para isso até o final do ano: - A tarifa está congelada há muito tempo. A gente precisa começar a fazer conta. Ou eu passo alguma coisa para a tarifa, ou a gente permanece com ela congelada e eu aumento o subsídio. Quando entra mais subsídio, eu vou tirar de algum lugar. Então a gente tem que colocar na balança qual política pública que vai pesar mais. Porque não tem almoço de graça. Se a tarifa não subiu, o custo subiu.

O governador comentou sobre a proposta de isentar estudantes do pagamento de tarifa feita pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). Para ele, o valor do vale-transporte pago pelas empresas para os trabalhadores não é suficiente para custear tal ideia, o que exigiria recursos de outras áreas: - A gente tem que ver se é esse caminho. Não vejo viabilidade financeira para dar esse passo. Essa conta é explosiva e vai sangrar muito as contas do estado e do município. Então vale a pena você paralisar uma série de políticas públicas só por causa da tarifa zero? Eu acho que não.

Sobre a greve ocorrida na terça-feira, que protestou contra os planos de desestatização defendidos pelo governo, Tarcísio acredita que houve descumprimento da decisão da Justiça do Trabalho que ordenou o funcionamento mínimo de 80% dos serviços no Metrô e 85% na CPTM nos horários de pico. Segundo ele, os funcionários responsáveis pelo episódio terão suas condutas averiguadas de forma individual e podem enfrentar penalidades.

- Entendo que há uma infração, um descumprimento de dever funcional. E aí vamos ver, ponderada a razoabilidade, vamos aplicar sanções para que a gente não tenha essa indisciplina generalizada, para que a gente não vulgarize as decisões judiciais - argumentou o governador.

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