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Afundamento do mina em Maceió causa alerta: saiba o que os ministros do governo Lula declararam sobre a situação

Devido ao afundamento da região na capital alagoana, já foram confirmados 1,86 metros abaixo do nível do solo, causando a diminuição na taxa de queda e reduzindo o estado de alerta em Maceió

O risco de colapso em uma mina da Braskem em Maceió mobilizou Defesa Civil em todos os níveis para ajudar na evacuação da região e tem chamado a atenção dos ministérios desde a piora da situação na última semana. A crise causou impactos econômicos e sociais e foi discutida por pelo menos sete ministros após o avanço do afundamento da mina da mineradora.

No bairro do Mutange, a Defesa Civil de Maceió constatou que a região já afundou 1,86 metro até Terça-feira. As 35 minas de sal-gema da Braskem, que estavam operando desde a década de 1980, tiveram suas atividades suspensas em 2019 devido ao risco de afundamento. Isso resultou em uma multa de mais de R$ 72 milhões por causa do risco de colapso. A empresa petroquímica foi penalizada por degradar o meio ambiente, criando condições desfavoráveis para atividades econômicas e sociais.

Veja o que cada ministro falou sobre o caso:

Renan Filho, ministro dos Transportes e filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), foi um dos primeiros a se pronunciar sobre o ocorrido. Ele afirmou, na última sexta-feira, que 'não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve', responsabilizando a mineradora e não os governos estadual, federal e municipal pelas consequências. Ele alegou que a Braskem deve ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime. Renan Filho, ex-governador de Alagoas, comandou o estado de 2015 a 2022 e hoje o estado é liderado por Paulo Câmara, aliado de Renan.

Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, declarou na sexta-feira passada que o governo federal está monitorando ativamente os terremotos percebidos em Maceió. Apesar de ser ministro de Estado, Alckmin está atualmente exercendo a Presidência, enquanto o presidente Lula participa da COP 28, em Dubai, e segue com compromissos na Europa.

João Henrique Caldas, prefeito de Maceió, e outros representantes alagoanos reuniram-se com vários ministros para discutir a situação e buscar ajuda para a população local. Em conversa com Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, para obter apoio federal para as famílias afetadas, Dias afirmou que deve dar atenção a 'vida dessas pessoas que foram afetadas'.

Ele disse: 'Vamos olhar com cuidado para a vida dessas pessoas que foram afetadas [...] A orientação do governo Lula é atender a todas as pessoas que precisam de proteção'. O ministro também prometeu trabalhar em conjunto com a prefeitura de Maceió para cuidar dessa população e amenizar o sofrimento.

Com o crescente impacto do afundamento da mina na região, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta segunda-feira que a infraestrutura turística da cidade não sofreu nenhum impacto e que os turistas podem manter seus itinerários. De acordo com ele, a área afetada fica 'afastada da área turística'.

Nesta terça-feira, o prefeito de Maceió se reuniu com o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, para discutir maneiras de apoiar os pescadores da capital que trabalham na Lagoa Mundaú. Segundo um levantamento da prefeitura de Maceió, 500 pescadores e mariscadores foram afetados pelas restrições.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que a desaceleração do afundamento do solo é um sinal positivo, mas não é possível afirmar que trata-se de um 'desastre'.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, que está em Berlim acompanhando a comitiva presidencial da COP 28, defendeu um rigoroso processo de licenciamento ambiental para evitar outras 'catástrofes' como a que está ocorrendo em Maceió. A ministra sustentou que não deve haver facilitação de licenças por parte do ministério e do Ibama, alguns dos responsáveis por tais avaliações.

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