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Associação de Supermercados em São Paulo demonstra preocupação com a proposta de aumento do ICMS

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) afirma que o aumento na taxa de ICMS reduzirá a capacidade de compra dos cidadãos do estado. O tema foi abordado no Poder360.

A Apas, que representante dos supermercados em São Paulo, divulgou uma nota na sexta-feira (1º.dez.2023) expressando apreensão quanto ao plano do governo estadual de ampliar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no estado de 18% para 19,5%.

Segundo a associação, a ação irá impactar negativamente o ambiente empresarial ao diminuir a capacidade de compra dos cidadãos. A Apas afirmou que o aumento do imposto que incide sobre os produtos afetará principalmente as classes mais baixas. A Apas esclareceu que os consumidores das classes mais carentes compõem 70% da população do estado e gastam cerca de 30% de seus rendimentos com a compra de produtos básicos de alimentação, limpeza e higiene. Dessa forma, qualquer acréscimo na taxação do ICMS terá um custo elevado para os cidadãos de São Paulo.

Em declaração ao Poder360, Carlos Correa, diretor-geral da Apas, afirmou que a proposta de aumento surge em um momento delicado da economia, quando a população do estado começava a recuperar seu poder de compra após os efeitos da pandemia de Covid-19.

“Estamos passando por momentos de crise há algum tempo, o que se intensificou muito mais com a pandemia. Agora, em uma fase em que as pessoas estão recuperando sua renda, voltando a trabalhar, vários processos mostram que as pessoas estavam endividadas e estão se recuperando agora para o consumo, vem uma notícia de aumento de impostos”, afirmou Correa.

Este jornal digital mostrou que, devido à reforma tributária, vários estados devem aumentar o ICMS. Isso ocorre porque os governadores acreditam que a reforma retirará a autonomia dos estados e municípios, o que incentiva os governos a protegerem suas receitas antes da aprovação do texto.

O diretor-geral da Apas também declarou que esperava um comportamento diferente da administração do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele apontou que um partido que se elegeu com um discurso liberal e de austeridade fiscal contradiz-se ao propor um aumento nos impostos antes de explorar outras opções, como a redução de suas próprias despesas.

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