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Bolsonaro ataca a esquerda na Argentina, alegando anseio por domínio total e perda da liberdade

O ex-presidente do Brasil argumenta que a eleição de Javier Milei possui uma relevante conotação global

Jair Bolsonaro, durante sua viagem à Argentina para prestigiar a posse de novo presidente Javier Milei, alegou que o triunfo do ultraliberal contra o peronista Sergio Massa é particularmente simbólico, já que o mundo é profundamente fragmentado entre correligionários de direita e esquerda. Bolsonaro prosseguiu afirmando que o desejo dos líderes de esquerda é obter domínio irrestrito para acarretar a perda de liberdades.

O ex-presidente brasileiro chegou na Argentina na última quinta-feira (7) e aguarda ser tratado como chefe de Estado no evento. Na sexta-feira, ele teve uma conversa amigável com seu homólogo ultraliberal Milei, expressando admiração pelo mesmo e criticando a esquerda. 'Nenhum país de esquerda, que são radicais, dialogam com o outro lado, não conversam', foram suas palavras.

Quando questionado sobre acusações de apoiar o nazismo ou a extrema direita, Bolsonaro retomou um lema que Milei usou durante a campanha eleitoral, alegando que políticos autoritários procuram mais controle do estado. 'Quando se fala em fascismo, é o Estado. No Brasil, eu diminuí o peso do Estado. Desburocratizei muita coisa', declarou Bolsonaro.

Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, complementou que o pai 'foi contra a casta'. Milei, durante a campanha, manifestou sua oposição ao que denomina 'casta política', recebendo apoio de eleitores insatisfeitos com o peronismo e o kirchnerismo.

Anteriormente, à rádio Mitre do grupo Clarín, Bolsonaro criticou bancos e sindicatos brasileiros, mencionou novamente sua desconfiança sobre as urnas eletrônicas no Brasil e exaltou o ditador venezuelano Nicolás Maduro pelo uso de votos impressos no referendo sobre a anexação do Essequibo, uma região da Guiana.

Desde sua saída do Palácio do Planalto após uma onda de prejuízos judiciais, Bolsonaro tem se utilizado da visita para manifestar força, sendo este seu primeiro grande ato político após o deixar a presidência. Seus assessores descreveram a reunião com Milei como 'fantástica'. Ainda teve uma reunião com o ex-presidente argentino Mauricio Macri, que apesar de ter saído derrotado com sua coalizão, pode garantir governabilidade entre congressistas e governadores.

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