O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) reportou 232 novas mortes por covid-19 e 28.222 novos casos durante a última semana epidemiológica, compreendida entre 26 de novembro e 2 de dezembro. Desde o início da pandemia em 2020, o Brasil lamentavelmente soma 708.021 vítimas da doença e um total de 38.106.633 casos confirmados.
Durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério da Saúde decidiu, em fevereiro de 2023, deixar de divulgar diariamente o número de casos e mortes por covid-19. A partir de então, os dados passaram a ser liberados semanalmente, correspondendo a cada semana epidemiológica. O Conass justifica que a mudança 'otimiza' o trabalho das equipes de vigilância e que não há mais necessidade de notificação diária.
A semana terminada no dia 2 de dezembro foi a 22ª com o menor número de vítimas desde o início da pandemia. A onda mais recente de casos e mortes aconteceu em fevereiro de 2022, quando foram registradas mais de 6.000 mortes em uma semana. Felizmente, a taxa de resultados positivos para covid-19 no Brasil diminuiu na segunda metade de outubro, após três meses de crescimento.
O Brasil contabiliza 4.840 mortes por milhão. Entre os estados do país, o Rio de Janeiro encabeça a lista com a pior situação, tendo 4.837 mortes por milhão de habitantes. O Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tomam como base a população apurada pelo Censo Demográfico de 2022 para cada unidade federativa.
No ranking mundial de mortes proporcionais por covid, o Brasil está na 17ª posição. O Peru lidera a lista com 6.507 mortes por milhão, seguido pela Bulgária (5.676), Bósnia e Herzegovina (5.062) e Hungria (4.901). Em termos de números absolutos, ninguém supera os Estados Unidos, que registrou um total de 1.144.877 vítimas da doença desde fevereiro de 2020, de acordo com dados do Our World in Data.
É importante tratar o ranking de mortes proporcionais com cautela, já que a subnotificação é um problema global. Um estudo publicado na revista 'Lancet' em 2022 aponta que, embora a contagem oficial aponte para 6 milhões de mortes no mundo, é mais provável que 18 milhões de pessoas tenham perdido a vida por conta da covid em 2020 e 2021. Países como Índia, China, Indonésia, Rússia e a maior parte dos países africanos são conhecidos por suas grandes taxas de subnotificação.
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