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Braskem terá ações removidas do índice de sustentabilidade da B3 por conta de desastre em Maceió

A partir de sexta-feira, dia 8, as ações da Braskem não farão mais parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, devido ao afundamento de solo e risco de colapso em área de mina em Maceió.

Devido a incidentes ocorridos em uma mina administrada pela Braskem em Maceió (AL), que resultaram em um afundamento de solo e a possibilidade de um colapso, as ações da empresa estão sendo retiradas do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Isso ocorrerá a partir da sexta-feira próxima e está sendo motivado pela diminuição significativa de 1,86 m no solo da região desde o dia 30 de novembro. As ações da Braskem continuarão sendo negociadas publicamente, mas a empresa será removida do conjunto de companhias 'com reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial'.

A B3 esclareceu em sua declaração que a participação da Braskem no ISE será redistribuída de acordo com a proporção das demais ações que compõem a carteira. Em resposta à situação emergencial em Maceió, que levou a prefeitura local a declarar estado de emergência, a Bolsa inaugurou um esquema de resposta aos problemas relacionados ao índice ESG no começo de dezembro.

Para justificar a exclusão da Braskem do ISE, a B3 levou em consideração quatro fatores principais, conforme divulgados no seu plano: impacto ESG da crise, como a empresa gerenciou a crise, impacto da imagem da crise e como a empresa respondeu à situação. A empresa bolsista explica que a decisão 'não deve ser vista como um pré-julgamento das responsabilidades da companhia mas como uma aplicação do que está estabelecido na metodologia do ISE B3', afirmando que a plataforma remove ativos que “durante a vigência da carteira se envolvam em incidentes que as tornem incompatíveis com os objetivos do ISE B3, conforme critérios estabelecidos na política de gestão de riscos do índice”.

Esta decisão ocorre um ano após a Americanas ser suspensa do Novo Mercado, uma seção da B3 onde são comercializadas ações de empresas com elevado padrão de governança corporativa. Essa suspensão foi consequência do anúncio de um déficit contabilístico de mais de R$ 20 bilhões, anunciado pela Americanas em novembro passado. Além disso, em janeiro, a empresa foi excluída de 14 índices da bolsa.

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