A Polícia Federal buscou elucidar as circunstâncias das mortes de David Peregrino Capó e Érica da Silva Santos, que perderam suas vidas em 23 de novembro na região da Ilha dos Ribeirinhos, Bahia. De acordo com o delegado Euler da Silva, o casal tinha um acordo com o caseiro, Eliandro Lourenço Menezes. O trato envolvia a entrega de parte da ilha a Eliandro como compensação por seus serviços de caseiro enquanto ambos estivessem ausentes. Entretanto, o caseiro usou a propriedade para cometer tráfico de drogas e armazenamento de armas para uma gangue, levando a um rompimento desse acordo.
Narrando o passado do suposto assassino, o delegado Euler revelou que Eliandro já havia sido condenado e preso por assalto a banco em 2015. Durante o período da sua pena, Erica e David estiveram ausentes da propriedade enquanto o chef enfrentava problemas legais com a justiça espanhola.
O delegado Euler explicou: Em 2015, encontraram drogas na ilha. Em 2017, a Polícia Federal realizou outra operação e descobriu que Eliandro e outros membros de sua família usavam a ilha como esconderijo para drogas e armas de uma gangue. O acordo foi quebrado quando Eliandro, além de tomar conta da ilha, usava o local para tráfico de drogas. O acordo foi ignorado e David e Erica continuaram com suas vidas. O restaurante de David começou a ganhar notoriedade, atraindo turistas e artistas de todo o Brasil. Em meio a essa visibilidade, Eliandro retornou para cobrar o acordo não cumprido e acabou cometendo esse duplo homicídio.
Na última sexta-feira, foram expedidos mandados de busca e apreensão. O filho do suspeito se entregou à polícia, onde foi detido temporariamente por suspeita de envolvimento no duplo homicídio. Segundo as investigações, Eliandro confessou o crime ao filho durante uma chamada telefônica. Até o momento, Eliandro Lourenço Menezes continua foragido.
Reportagem do jornal espanhol El Mundo apurou que David Peregrina, originário de Mallorca, uma das ilhas mais populares das Baleares, estava foragido das autoridades locais há anos. Ele havia sido condenado em dois processos e era alvo de dois mandados de prisão já expirados. Segundo fontes judiciais citadas pelo jornal, o chef foi condenado em Palma por estafa, equivalente a estelionato no Brasil, apropriação indébita e falsificação de documentos.
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