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Centrão pode se tornar Super-Centrão com 151 deputados!

Um possível acordo entre PP, Republicanos e União Brasil pode resultar na formação de uma superbancada no Congresso Nacional, alterando significativamente a correlação de forças na Câmara e no Senado.

Agora em posição de destaque após conquistarem ministérios no governo de Lula, PP, Republicanos e União Brasil planejam aumentar seu poder político em 2024. As siglas, que somam 151 deputados e 17 senadores, estão em negociações para formar uma superfederação. Isso poderia resultar nas maiores bancadas tanto na Câmara quanto no Senado.

No que diz respeito ao Congresso, o Centrão já possui grande influência, mas individualmente, as partes que compõem esse grupo não formam as maiores bancadas. No presente momento, União Brasil é o terceiro partido com maior representação na Câmara, seguido por PP e Republicanos. Porém, PL e PT ainda possuem mais representantes, com 95 e 68 respectivamente.

Tendo a maior bancada pode ser decisivo, pois a preferência entre as comissões é geralmente dada a esses grupos. De acordo com as regras internas do Congresso, o partido ou federação com mais membros pode escolher primeiro. Além disso, se unidos, esses grupos teriam mais chances de eleger os sucessores de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente, presidentes da Câmara e do Senado.

A questão da formação da superfederação só irá progredir após março, quando Antonio Rueda, vice atual do União Brasil, irá substituir Luciano Bivar na presidência do partido. Bivar é visto internamente como um entrave para a união das três siglas, pois perderia comando do partido na federação. Rueda, por outro lado, vislumbra a união e planeja viabilizá-la.

Contudo, para a realização do acordo, serão necessárias resoluções de conflitos regionais entre as três partes. O consenso é que se os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do Republicanos, Marcos Pereira, concordarem com Rueda, a ideia poderá ser implementada. As expectativas apontam que a federação poderia ser estabelecida a tempo das eleições municipais de 2024.

Os três partidos já elegeram cinco ministros no governo Lula e juntos poderiam fortalecer a negociação por mais espaços no governo. Apesar do interesse em permanecerem próximo ao Executivo, os partidos também se manifestam contra ele em diversas votações e acolhem figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

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