BRASIL ESPORTE

Como lidar com a derrota do Botafogo e a influência disso na saúde mental dos torcedores: lições a serem aprendidas

Especialistas em saúde mental oferecem dicas para os torcedores lidarem com a decepção acarretada pela queda do Botafogo, entre elas: aceitar as expectativas, evitar o otimismo exagerado e aprender a rir das próprias dificuldades

O futebol no Brasil transcende as simples fronteiras do esporte, balançando as emoções e afetando a saúde mental. O Botafogo, um clube reconhecido, experimentou recentemente sua própria montanha-russa emocional. Apesar de ter sido visto como líder do Campeonato Brasileiro por uma grande parte da competição, seu título quase certo escapou, concluindo em empate com o Cruzeiro. O como lidar com essa letargia de decepção e raiva, é a questão que muitos torcedores estão agora encarando.

G1 conversou com profissionais da área da saúde mental e eles sugeriram quatro lições que podem ajudar os torcedores a navegarem por essas emoções fortes, lições essas que podem ser úteis em todas as áreas da vida.

Conforme o psiquiatra Daniel Barros explicou, criar expectativas é normal, mas também é uma fonte de infelicidade: 'Altas expectativas geram frustração. Não dá para tudo ser como a gente imagina, sobretudo porque a nossa imaginação prega peças. Fazemos planos baseados nos momentos bons, mas na maioria das vezes eles são raros, porque a nossa vida é média', afirma Barros.

Por isso, sugeriu-se o equilíbrio entre otimismo e realidade. O psiquiatra e coordenador do Programa de Mudança de Hábito e Estilo de Vida do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Arthur Danila, pontuou a importância do otimismo, mas alertou sobre torná-lo cego à realidade. O ideal é ser um 'otimista realista'Além disso, é necessário expressar as emoções. Segundo os especialistas, pode-se sentir raiva, tristeza e frustração, mas também é importante reorganizar esses sentimentos em algum momento. 'É importante ter autocompaixão, uma gentileza consigo mesmo, uma emoção positiva diante de uma situação negativa: 'hoje eu não estou bem e está tudo bem não estar bem'. Rir da própria desgraça é trazer uma leveza em um momento em que os ventos mudaram', explica Danila.

Por fim, tirar onda dos adversários é, sim, uma parte essencial do esporte. No entanto, todo torcedor precisa se preparar para a reação e mantenha um espírito desportivo.

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