O empresário Marcelo Rubim Benchimol, 67 anos, que atua no ramo de óticas, prestou depoimento na 13ª DP (Ipanema) após ser brutalmente agredido e roubado na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das principais vias do bairro. Com o rosto todo machucado, Marcelo relatou que agora, por não ter mais celular (roubado pelos assaltantes), vai precisar sair de casa com apenas R$ 2 no bolso.
Marcar explicou que se sente com muita raiva e revolta, mas amigos o aconselharam a esquecer o ocorrido para seu bem-estar emocional e físico. Ele explicou que decidiu ajudar uma mulher que estava sendo atacada por um grupo de criminosos enquanto caminhava para a academia e foi agredido.
Benchimol disse que um homem deu um soco nele por trás. Ele usava óculos na época, os quais, com o impacto, feriram seu olho e o fizeram desmaiar. Benchimol só recobrou a consciência na UPA, onde foi socorrido por dois policiais.
Depois do incidente, a esposa de Marcelo, Selma Benchimol, 65 anos, recebeu inúmeras ligações depois que as imagens do ataque a Marcelo viralizaram nas redes sociais. O vídeo mostrava Marcelo levando socos, chutes e caindo desacordado no chão.
Selma disse que já não vai à praia por medo e falou sobre a violência no bairro, citando vários casos recentes, incluindo o de Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, de 25 anos, que foi morto na praia de Copacabana em 19 de julho. Ela expressou sua decepção com a legislação e a impunidade para bandidos.
Marcelo, que é natural de Copacabana, diz que apesar do ocorrido, não planeja sair do bairro. Ele espera que seu depoimento ajude a polícia a encontrar os meliantes, embora duvide que a situação de violência vá mudar. Marcelo acredita que a solução para esse problema está na educação, além de controle de natalidade. Ele salienta que o Rio não tem capacidade de sustentar sua atual população.
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