ECONOMIA MUNDO

Economia da Argentina enfrenta futuro incerto

O recém-eleito presidente Javier Milei assume o cargo em meio à intensa crise econômica, sem clareza sobre as medidas que irá adotar.

A situação econômica da Argentina encontra-se rodeada de incertezas, já que o novo presidente, Javier Milei, tomará posse no próximo domingo 10, sem ter deixado claro quais medidas tomará para lidar com a crise econômica. Milei havia prometido várias soluções para a crise durante sua campanha eleitoral, mas tem recuado delas desde sua eleição.

A grande questão para o país sul-americano é encontrar um caminho através das persistentes crises econômicas que assolam o país. Problemas como a hiperinflação e um saldo insuficiente de dólares para atender aos compromissos internacionais, questões que o Brasil já superou nas últimas décadas, são fardos pesados para os argentinos lidar.

Os discursos de Milei durante sua campanha foram recheados de polêmicas e promessas ousadas. Ele defendeu o fechamento do Banco Central da Argentina, a substituição do peso argentino pelo dólar e a eliminação de privilégios políticos. Milei se utilizou intensamente das redes sociais para cativar eleitores, principalmente entre o público jovem.

No entanto, ainda não se sabe quais dessas propostas ele manterá agora que deixou o palco da campanha, no qual chegou a quebrar uma maquete representando o Banco Central argentino. Milei havia defendido cortes intensos nos gastos do governo, medida que seria bem-vinda, visto que a Argentina tem um histórico de má administração de recursos, com a concesão de subsídios generalizados em detrimento da qualidade dos serviços.

O anterior governo conservador de Maurício Macri tinha tentado, mas falhado, em eliminar esses subsídios. Agora, Milei, que se posiciona ainda mais à direita de Macri e conseguiu seu apoio no segundo turno, poderá tentar colocar essa medida em prática novamente, embora não esteja claro como ele conseguirá governar com um apoio tão limitado no Congresso.

Apesar de todas as incertezas, a eleição Milei marca um marco democrático para a Argentina, que vive em democracia há 40 anos. No entanto, a mudança radical nas propostas políticas pode desapontar os eleitores que depositaram suas esperanças no novo presidente.

Os argentinos testemunharão um novo governo a partir de domingo, mas o futuro da economia do país permanece uma incógnita.

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