João Paulo Lopes da Silva, um estudante de 24 anos, alegou ter sido vítima de racismo ao realizar compras em um estabelecimento da rede Coelho Diniz, situado em Governador Valadares, Minas Gerais. De acordo com suas alegações, João Paulo foi interceptado por um dos seguranças do local, levado a uma sala subterrânea e teve seus pertences inspecionados sob a acusação de furto.
As informações foram veiculadas pelo Brasil de Fato e no Instagram através do perfil @minasninja. Segundo o estudante, antes de iniciar suas compras, colocou alguns itens que já havia comprado em outros estabelecimentos em sua mochila e a deixou no guarda-volumes disponibilizado pela loja.
Após quitar o valor das compras no caixa, ele recuperou sua mochila. Ao sair da loja, foi abordado na calçada por funcionários que insistiam que haveria produtos da loja dentro da sua mochila. 'Eu paguei pelas minhas coisas e ao sair do estabelecimento, fui abordado por funcionários que me pediram para os acompanhar, alegando que eu havia roubado produtos da loja. Foi exatamente o que eles disseram, repetindo várias vezes, quando eu perguntava do que se tratava', disse ele.
Diante da situação, o estudante ficou em choque. 'Eu apenas deixei que revistassem meus pertences. Quando eles se convenceram de que não havia nada irregular, realizei uma ligação para um amigo e pedi para que acionasse a polícia. Não há outra palavra para descrever tal violência senão racismo', lamentou João Paulo.
O estudante e seu amigo aguardaram quase duas horas até a chegada das autoridades para registrar a ocorrência. A situação, segundo o estudante, foi registrada pelas câmeras do estabelecimento e teve como testemunha a mesma pessoa que o abordou após sua saída da loja.
João Paulo também afirma que, apesar da acusação infundada, não recebeu pedido de desculpas da gerência do supermercado. Apenas quando acionou a polícia, o gerente da loja se desculpou, atribuindo o procedimento a um erro de um funcionário recém-contratado.
Diante dessa situação, o estudante aponta uma contradição nos relatos do gerente. 'Ele declarou que todo esse procedimento, que causou constrangimento sem a devida verificação dos fatos, seria um procedimento comum da loja. Foi uma situação de contradição evidente.'
A rede de supermercados Coelho Diniz foi contatada, porém, um representante da gerência alegou desconhecer o caso e garantiu que a empresa não adota práticas racistas.
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