A Polícia Federal apresentou 38 indiciamentos contra Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, devido a um caso de maus-tratos a aves silvestres que ele mantinha em seu lar na capital do país. Além disso, foi indiciado por falsidades ideológicas.
Sua mãe, Amélia Torres, teria sido usada para registrar criatórios de aves em seu nome, porém, na prática, as aves permaneceram na residência do ex-ministro, o que configura o delito de falsidade ideológica.
Além dos maus-tratos, Torres também mantinha criadouros irregulares de aves da espécie bicudo, gravemente ameaçada de extinção. Foi evidenciado pela investigação policial o uso de anilhas falsas nas aves encontradas na residência de Torres, resultando em oito acusações adicionais de falsificação de selo.
A investigação foi iniciada a partir de irregularidades encontradas no criadouro de Torres em fiscalizações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), que já aplicaram multas ao ex-ministro. A perícia criminal também atestou que muitas das aves sob os cuidados de Torres apresentavam sinais de negligência, inclusive uma pata mutilada.
O caso agora espera o parecer do Ministério Público acerca das conclusões da PF. A defesa de Torres, por sua vez, divulgou nota dizendo que o ex-ministro foi pego de surpresa pelo seu indiciamento e que ele sempre foi reconhecido pelo cuidado e afeição pelos pássaros que cria.
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