Com expectativas de recuperação econômica a médio e longo prazo na Argentina, dezoito grandes empresas que mantém operações no Brasil e na Argentina confirmaram presença na posse de Javier Milei, o próximo presidente argentino. Esse movimento foi confirmado pelo embaixador argentino em Brasília, Daniel Scioli, que organizou a vinda dos empresários. Entre as empresas presentes, destacam-se multinacionais como Nissan, Pirelli, Renault, Marcopolo, Samsung, JBS e Coteminas.
— Essa presença forte do empresariado brasileiro representa uma importante sinalização para as relações entre Brasil e Argentina. Demonstra que existe uma grande expectativa por parte do Brasil em relação ao potencial de retomada do crescimento econômico na Argentina — disse o recém chegado embaixador em Buenos Aires.
Em conjunto, as dezoito empresas somam investimentos estimados em US$ 10 bilhões na Argentina e, segundo Scioli, desejam conhecer os planos econômicos do novo governo, para planejar novos investimentos em suas filiais argentinas.
Seguindo a posse, o embaixador argentino planeja que os representantes das empresas se encontrem com a futura chanceler argentina, Diana Mondino. Diana, que é economista e foi escolhida por Milei para liderar o Ministério das Relações Exteriores, tem como foco principal aumentar o comércio de produtos argentinos, firmar acordos internacionais e atrair investimentos para a Argentina.
A lista de empresas inclui também Marcopolo, General Motors, Iveco, Toyota, CNH Industrial, Volkswagen, Randon, Raizen, Whirlpool, Stellantis, Cencosud e Dass. A ausência notável é a do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que não comparecerá na posse de Milei. Em seu lugar, o Brasil será representado pelo chanceler Mauro Vieira.
Enquanto isso, ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de um grande grupo de apoiadores bolsonaristas incluindo seu filho, Eduardo Bolsonaro, irá marcar presença em Buenos Aires para a posse de Milei. Sua comparecência foi um fator determinante na decisão de Lula de não comparecer ao evento.
Os empresários estão otimistas sobre o sucesso do plano econômico de Milei, enquanto o Palácio do Planalto observa cautelosamente os primeiros movimentos do novo governo argentino, que é um parceiro estratégico importante na região.
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