MUNDO POLÍTICA

Guiana: Manobras militares dos EUA são classificadas como ‘provocação’ pela Venezuela

Os EUA realizaram exercícios militares conjuntos com o exército da Guiana, que está em conflito territorial com a Venezuela sobre a região de Essequibo.

A Venezuela declarou nesta quinta-feira que os exercícios militares conduzidos pelos Estados Unidos na Guiana constituem uma 'provocação'. Pela manhã, o governo dos EUA anunciou que realizaria uma série de manobras conjuntas com o exército da Guiana na região do Essequibo, uma área rica em petróleo, alvo de reivindicações territoriais por parte de Caracas.

Vladimir Padrino López, ministro do Poder Popular para a Defesa, afirmou: 'Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação do Essequibo'.

A Embaixada dos Estados Unidos na Guiana declarou que estas manobras, realizadas em colaboração com a Força Aérea da Guiana, são parte das operações regulares da parceria mantida entre ambos os países desde 2022. Além disso, Washington está considerando a construção de uma base militar no Essequibo.

Esta será a primeira ação do Exército dos EUA na área desde que Caracas realizou um referendo a respeito da anexação de Essequibo, território controlado atualmente pela Guiana mas reivindicado pela Venezuela. Em seguida, Nicolás Maduro propôs um 'novo mapa' do país, incluindo a região da Guiana.

Os exercícios conjuntos foram anunciados um dia depois do desaparecimento de um helicóptero do exército da Guiana com sete pessoas a bordo, incluindo cinco altos oficiais, perto da fronteira com a Venezuela. As autoridades do país ainda estão investigando o ocorrido e afirmou que receberá a assistência de Washington na busca.

A posse de Essequibo foi concedida à Guiana em 1899, então uma colônia inglesa, por meio de uma decisão arbitral dos Estados Unidos. Desde então, a Venezuela contesta essa decisão, que considera nula. No entanto, com a independência da Guiana em 1966, o acordo ficou efetivamente em aberto até os dias atuais. A disputa territorial ganhou nova intensidade quando foi descoberto petróleo na região do Essequibo em 2015. Estima-se que a Guiana possua reservas de aproximadamente 11 bilhões de barris, sendo a parte mais substancial localizada no mar.

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