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Ianomâmi de 11 anos é vítima de estupro coletivo, e associação ianomâmi exige maior segurança

Weibe Tapeba, Secretário de Saúde Indígena, condena firmemente o caso e anuncia reforço na segurança na Casai, incluindo a expansão do muro e o aumento da vigilância

A Hutukara Associação Yanomami pede que a violência não seja naturalizada, comentando sobre o trágico incidente em que uma menina ianomâmi foi agredida por um grupo de homens indígenas perto de uma casa de saúde indígena. A associação solicita que medidas de segurança sejam implementadas para proteger crianças, adolescentes e mulheres que visitam essas unidades, destinadas a atender os povos originários. A principal reivindicação feita pela instituição em uma nota publicada nas redes sociais é que esse grupo seja mantido separado dos demais, para prevenir casos de brutal violência.

O trágico incidente ocorreu em uma Casa de Saúde Indígena (Casai) que atende especificamente o povo Ianomâmi em Boa Vista, capital de Roraima. 'Exigimos que as autoridades governamentais implementem políticas de segurança e medidas de proteção para crianças, adolescentes e mulheres Yanomami neste lugar que deveria ser um espaço de acolhimento seguro para pacientes e seus acompanhantes', disse a associação em uma nota.

O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, comentou o caso a pedido do GLOBO. Ele condenou veementemente o incidente e afirmou que o ministério da Saúde tem oferecido todo o apoio necessário à vítima e seus familiares. Ele disse ainda que medidas de segurança já estão sendo implementadas, como a expansão do muro em torno da Casai, o aumento do número de vigilantes em mais de 50% e outras medidas. Ele também revelou que as obras de melhoria e expansão da Casai, incluindo um reforço na segurança, estão na segunda fase de execução e devem ser concluídas em 2024.

Na última segunda-feira, uma jovem ianomâmi de 11 anos foi brutalmente agredida por dois homens adultos e dois adolescentes em Boa Vista (RR). O grupo, composto totalmente por pessoas do povo indígena, embriagou a criança antes do estupro coletivo. O incidente ocorreu em uma área de mata próxima a uma Casa de Saúde Indígena destinada à comunidade da vítima. Além do abuso sexual, a jovem ainda sofreu sérias lesões corporais.

Os agressores - dois homens adultos, um de 21 e outro de 27 anos, e dois adolescentes de 15 e 17 anos - foram presos em flagrante. De acordo com o governo de Roraima, a menina foi encontrada desacordada pela polícia militar em uma área de mata próxima a uma casa de saúde indígena.

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