IBGE revela: Apenas 11 cidades geram um quarto da fortuna nacional!

Em 2021, onze cidades– sendo sete capitais - foram responsáveis por gerar 24,3% da economia brasileira, além de abrigar 16,6% da população do Brasil. A pesquisa PIB dos Municípios 2021, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que essa concentração de recursos é menor que há 20 anos, visto que em 2002, somente quatro cidades compunham um quarto do PIB nacional.

A relação dos 25 maiores municípios, segundo analistas do IBGE, acumula cerca de 33% do PIB do Brasil. “É um dado de bastante concentração, quase um terço da economia está reunida em 25 municípios, quando temos 5.570 municípios em todo o país”, comenta Luiz Antonio de Sá, um dos integrantes da pesquisa.

Liderando o ranking, São Paulo detém 9,2% do PIB brasileiro, uma marca que é mais do que o dobro da registrada pelo segundo colocado, o Rio de Janeiro com 4%. Em comparação a 2020, a participação de São Paulo diminuiu 0,6 ponto percentual. Com 3,2% do PIB, Brasília ocupa a terceira posição, e logo após vem Belo Horizonte e Manaus, com 1,2% e 1,1% respectivamente.

Os municípios com maiores PIBs também incluem Curitiba, Osasco, Maricá, Porto Alegre, Guarulhos e Fortaleza. Luiz Antonio de Sá destaca a relevância econômica de cidades como Maricá, com forte atividade na extração de petróleo, e Paraupebas, que foca na exploração de minério de ferro. Em 2021, Maricá ingressou no ranking das 10 maiores e 25 maiores cidades, estando em 8º lugar com 1% do PIB. Também houve a inclusão de Itajaí, com 0,5% do PIB. Em contrapartida, Sorocaba e Uberlândia deixaram a lista neste período.

Outros dados da pesquisa mostram a concentração da economia brasileira: os 87 municípios com os maiores PIBs representavam cerca de 50% da economia em 2021, acomodando 36,7% da população do país. Em contraste, os 1.306 municípios com menores PIBs contribuíram com 1% para o PIB nacional e somavam 3,1% da população brasileira; uma queda em relação a 2002, quando 1.383 cidades correspondiam a 1% do PIB e compunham 3,7% da população nacional.