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Lula adverte que estratégia de financiamento contra mudanças climáticas não deve refletir o modelo discriminatório do FMI

Em Dubai, na COP28, o presidente Lula enfatiza a necessidade de reformas no sistema de governança mundial

O Presidente do Brasil, Lula, no sábado 2, enfatizou que os mecanismos de financiamento para combater as mudanças climáticas não deveriam seguir os moldes de instituições como o Fundo Monetário Internacional ou o Banco Mundial.

Lula fez essa observação durante um encontro na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023, conhecida como COP28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Ele argumentou: “Os mecanismos de financiamento climático e ambiental não podem refletir a lógica discriminatória dessas instituições. No Conselho do Fundo Global para o Meio Ambiente, Brasil, Colômbia e Equador são forçados a dividir uma única cadeira, enquanto vários países desenvolvidos ocupam cadeiras individuais.”

Lula salientou que de um saldo de mais de 10 bilhões de dólares nos quatro maiores fundos ambientais, os países pobres não conseguem acesso devido a barreiras burocráticas.

“Os países em desenvolvimento precisarão de 4 a 6 trilhões de dólares por ano para implementar suas contribuições determinadas nacionalmente e os planos de adaptação. Não podemos evitar o debate sobre a falta de representatividade e a necessidade de reforma do Banco Mundial e do FMI”, afirmou o presidente Lula.

Antes de abordar a questão climática, Lula comentou a situação na Ucrânia e na Faixa de Gaza, pedindo ação daqueles encarregados da situação.

Ele chamou novamente a ação de Israel em Gaza de “genocídio” e fez um apelo para que as partes se sentem à mesa de negociações.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, é quase um genocídio, porque são mais de seis mil crianças mortas e milhares de crianças desaparecidas”, disse ele.

Lula também fez um apelo ao Secretário-Geral das Nações Unidas, o português António Guterres, para que ele se esforçasse para estabelecer um acordo, e defendeu mudanças no Conselho de Segurança da ONU.

“Nós, presidentes dos países, daqui para frente, precisamos tomar uma atitude de que ou nós mudamos a forma como o Conselho de Segurança da ONU é estruturado, ou nós trazemos mais países para participar da ONU, ou a irresponsabilidade vai superar a sensatez daqueles que buscam a paz”, ele concluiu. (Com informações da Agência Brasil)

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