BRASIL LULA MUNDO POLÍTICA

Lula alerta a Defesa sobre instabilidade na fronteira com a Venezuela

Preocupações surgem à luz das recentes ações da Venezuela para anexar parte da Guiana. Conheça os detalhes.

Na condição de chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfatizou ao ministro da Defesa, José Múcio, a importância de vigilância intensa em relação à fronteira do país. Este alerta foi emitido em uma reunião entre os dois na sexta-feira (8 de dezembro de 2023).

Há uma sensação de inquietude entre as Forças Armadas com as recentes ações do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que organizou um referendo para a anexação da região de Essequibo, pertencente à Guiana. Segundo informações do governo, o referendo foi aprovado com 95% dos votos. 'O presidente nos aconselhou a ser cautelosos em relação à fronteira com a Venezuela', informou Múcio.

Existe um desconforto entre as Forças Armadas em relação à aparente indiferença do presidente com a situação na região. Sem uma diretriz política clara - especialmente considerando que o Brasil compartilha fronteiras tanto com a Venezuela quanto com a Guiana - eles afirmam que é uma tarefa árdua formular uma estratégia eficaz.

Este silêncio é ainda mais surpreendente quando comparado com a veemência de Lula na condenação de conflitos ocorridos a milhares de quilômetros do Brasil, como os presentes na Ucrânia e na Faixa de Gaza. No entanto, até agora, Lula não se pronunciou sobre a Venezuela.

Mesmo assim, o presidente assegurou ao ministro da Defesa que todos os compromissos acordados com as Forças Armadas serão honrados, incluindo o aumento de investimentos no setor. Lula já agendou visitas à Marinha do Rio de Janeiro na próxima quarta-feira (13 de dezembro) e um almoço com os comandantes do Exército na segunda-feira (18 de dezembro).

Outra pauta discutida na reunião foi a indústria de Defesa, que tem registrado um aumento nas exportações, e as Propostas de Emenda Constitucional (PECs) relacionadas às forças armadas. 'O presidente está otimista', acrescentou Múcio.

Recentemente, no dia 29 de novembro, a PEC que prevê a proibição de militares da ativa ingressarem na política foi aprovada. A proposta partiu de Múcio e do ministro da Justiça, Flávio Dino (PCdoB), e conta com o apoio do governo.

Deixe um Comentário!

Para comentar, faça Login, clicando aqui.