Um documento judicial veio à tona nesta segunda-feira, 11, revelando que uma mulher residente no Texas foi obrigada a abandonar seu estado para conseguir realizar um procedimento de aborto de emergência após ser impedida de fazê-lo, apesar da gravidez colocar sua vida em grande risco.
Kate Cox, de 31 anos, mãe de dois filhos e moradora da cidade de Dallas, encontrava-se com 21 semanas de gravidez. No entanto, o feto apresentava a anomalia genética conhecida como trissomia 18 completa, um indicativo que provavelmente resultaria em um óbito intrauterino ou apenas alguns dias de vida fora do útero.
Os médicos responsáveis pela saúde de Cox foram taxativos ao afirmar que a manutenção da gestação levaria a uma ruptura de seu útero, colocando em risco não somente a sua fertilidade, mas também a sua própria vida. A paciente, seu marido e seu médico decidiram processar o Texas na semana passada, conseguindo inicialmente um veredito favorável ao aborto por parte de um juiz do condado de Travis.
Contudo, o procurador-geral do estado, Ken Paxton, decidiu recorrer prontamente à Suprema Corte do Texas, que bloqueou a ordem proferida pela instância inferior. Paxton ainda ameaçou processar qualquer médico que viesse a realizar o procedimento.
O caso tem sido um verdadeiro pesadelo para Kate Cox, conforme afirmou Nancy Northup, presidente e diretora-executiva do Centro de Direitos Reprodutivos, que apresentou o caso em nome de Cox, seu marido e seu médico. Ela destacou que a saúde de Kate está em risco iminente e que as idas e vindas da paciente às emergências médicas se intensificaram, tornando-se insustentável esperar pela decisão judicial.
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