Ainda essa semana, Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, deverá receber da Polícia Rodoviária Federal (PRF) uma proposta de 'desmilitarização' em relação a preparação dos novos agentes. As expectativas apontam para uma possível reunião agendada para 3ª feira (12.dez.2023).
Ação decorrente das informações coletadas, o plano sugere alterações na formação dos novos policiais. Uma das novidades é a inclusão compulsória de aulas voltadas para direitos humanos e cidadania.
Esse plano foi concebido pela PRF em resposta à exigência de Dino de uma revisão na doutrina da entidade, ocorrida em 14 de agosto. Nesse mesmo dia, o ministro dispensou 3 agentes que estavam envolvidos no caso de morte de Genivaldo de Jesus Santos, em Umbaúba (SE), em maio de 2022.
O tipo de formação que estava em prática, estabelecida durante o governo de Jair Bolsonaro, lembrava muito os padrões utilizados pelas Forças Armadas. Segundo relatos de membros da liderança da PRF, esse método acabava levando os policiais a enxergarem os civis como 'inimigos'.
Essa forma distorcida de enxergar os cidadãos mexeu com o governo federal, resultando na transferência da Universidade da PRF - a entidade responsável pelas instruções dos futuros agentes - para Brasília. A construção de novas instalações, avaliadas em R$ 35 milhões, tem previsão de início em janeiro de 2024.
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