Paulo Pimenta: Ministros precisam preencher o vazio deixado por Dino no combate ao bolsonarismo

Durante uma entrevista concedida ao jornal O Globo, Paulo Pimenta, Ministro da Secretaria de Comunicação Social, expressou os desafios que o governo terá que enfrentar com a saída de Flávio Dino do Ministério da Justiça para o Supremo Tribunal Federal (STF). Para o ministro, a ausência de Dino, que teve participação crucial na luta contra o bolsonarismo, exigirá dos demais ministros um esforço extra para manter o desempenho eficaz da comunicação governamental.

Além disso, Pimenta conversou acerca das alterações na estratégia digital do governo, que inclui a aquisição de serviços para potencializar o conteúdo nas redes sociais, como resposta aos desafios da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, conforme apontado por sondagens de opinião. O ministro criticou a demora da plataforma X (anteriormente chamada de Twitter) para reagir ao ataque cibernético sofrido pela conta da primeira-dama Rosângela da Silva.

Outro ponto importante discutido na entrevista foi a reestruturação da live “Conversa com o presidente”, a fim de adequar-se às constantes modificações nos algoritmos das plataformas digitais e à preferência do público por vídeos mais curtos. Pimenta ressaltou a importância de manter uma comunicação clara e eficaz, principalmente em assuntos como a vacinação e a dengue, e expressou a intenção do governo de divulgar um edital para a implementação de uma política digital mais consistente.

Na entrevista, também foi mencionada a necessidade de uma comunicação mais abrangente e eficiente com vários segmentos da sociedade, inclusive os evangélicos. Pimenta salientou a intenção do governo em diminuir a polarização ideológica. O ministro destacou o compromisso do presidente Lula em relação às questões de gênero e raça, apesar das recentes alterações no gabinete e em instituições governamentais.

Finalmente, Pimenta abordou as relações internacionais do Brasil, particularmente com a Argentina, sublinhando a relevância estratégica dessa relação para o país. Ele comentou sobre a ausência do presidente Lula na posse de Javier Milei e a expectativa de uma relação construtiva com a Argentina, a despeito dos desafios iniciais.